A CCTV, a televisão estatal da China, avança que a média das distâncias percorridas entre casa e o trabalho em Pequim é a maior entre as cidades chinesas grande dimensão.
De acordo com dados recolhidos pelo Baidu Maps, a média da distância percorrida em Pequim é de 18,9 quilómetros, e o tempo de aproximadamente 50 minutos.
Por outro lado, Hangzhou, capital da província de Zhejiang, é a cidade que apresenta a menor distância entre casa e o trabalho. Nesta cidade, as pessoas gastam cerca de 24 minutos para percorrer 8,7 quilómetros, colocando a cidade no lugar mais favorável da lista.
Em termos de capacidade de comutação, Guangzhou, no sul da China, consegue a melhor posição oferecendo uma estrutura de transportes capaz de realizar 27 quilómetros por hora, apesar de se situar logo atrás de Pequim ao nível da distância entre casa e o trabalho de 18 quilómetros.
O problema do tráfego urbano é, desde há muito tempo, uma prioridade para os legisladores chineses.
Em Pequim, um dos projetos para enfrentar este problema implica a migração de vários órgãos administrativos do centro da cidade para Tongzhou, um dos distritos satélite da capital.
Com o aproximar da data de realização deste projeto, este cada vez atrai mais atenções. O vice-presidente da câmara de Pequim, Li Shixiang, disse em dezembro que o desenvolvimento de Tongzhou como centro administrativo da capital será acelerado, e que um progresso substancial deverá ser efetuado no sentido de ter todos os departamentos municipais a operar ali em 2017.
A construção de dois caminhos-de-ferro intercidades – um para Tangshan no norte da província de Hebei e outro para a zona Binhai em Tianjin tiveram inicio formal na sexta-feira, de acordo com um relatório do Beijing Times na sexta-feira. Estes dois caminhos-de-ferro irão permitir a redução do tempo de viagem entre a capital e estes locais para menos de uma hora. A sua conclusão está prevista para 2020.
Contudo, Yin Zhi, diretor do Instituto de Planeamento Urbano da Universidade Tsinghua, não está otimista relativamente ao futuro deste projeto.
Yin alega que, ao invés de construírem mais pontes e estradas, a capital deveria focar-se na alteração dos modelos atuais de utilização do espaço disponível para atingir o cerne do problema.
Dentro dos trâmites atuais da utilização do espaço e do sistema de registo residencial da China, não é realista a obtenção de um balanço entre o número de oportunidades de emprego e do número de pessoas a residir numa determinada área, disse Yin ao Global Times.
Para Yin, o melhoramento das condições de tráfego e o encurtamento da longa distância entre a casa e o trabalho, assim como a de alguns serviços públicos e a residência devem ser priorizadas. De acordo com Yin, a equalização do acesso a serviços públicos básicos deve ser promovida.
Edição: Mauro Marques