Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying, numa conferência de imprensa relativa ao teste nuclear da RPDC.
Pequim disse na quinta-feira que teria “maximizado os seus esforços” na forma como está a lidar com a crise nuclear da península coreana, tendo recusado acusações de que não teria feito o suficiente.
Após Pyongyang ter concluído aquilo a que apelida como o seu primeiro teste de uma bomba de hidrogénio, um oficial da chancelaria “fez notar a presença chinesa à embaixada norte-coreana em Pequim”, afirma a porta-voz do referido ministério, Hua Chunying na quinta-feira.
Este teste deixou o mundo em polvorosa, havendo rumores que Seul e Washington estariam a preparar-se para tomar medidas após a crescente tensão internacional após o quarto teste da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) desde 2006.
O ministro da Defesa de Seul terá dito na quinta-feira que os líderes militares da República da Coreia e os EUA discutiram a mobilização de “meios estratégicos” após o teste, assim avança a Associated Press.
Hua disse que a China “expressa preocupações relativamente ao desenvolvimento na situação” e que o país apela a todos os envolvidos para “voltarem as atenções à resolução da desnuclearização da península coreana através das negociações a seis partes”.
As conversações, que englobam a RPDC, a República da Coreia, os EUA, a China, o Japão e a Rússia estagnaram em dezembro de 2008. Os primeiros testes nucleares foram levados a cabo em 2006, 2009 e 2013.
Yang Xiyu, um investigador de estudos da península coreana no Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que esta é uma situação em que ninguém sai a ganhar.
A Península está a afastar-se da meta da desnuclearização, sendo que qualquer contramedida levada a cabo por Seul e Washington poderá apenas piorar a situação, disse Yang.
Enquanto isso, a China “participou de forma construtiva” numa reunião à porta fechada do Conselho de Segurança das Nações Unidas na quarta-feira, de acordo com Hua Chunying.
Enquanto a dúvida permanece relativamente à veracidade do teste, o encontro das Nações Unidas condenou veementemente o teste.
Em Seul, Cho Tae-Yong, o homem forte do gabinete de segurança da República da Coreia, disse na quinta-feira que o país irá retomar os anúncios propagandísticos na sexta-feira ao meio dia com altifalantes na fronteira com a Coreia do Norte.
Estes anúncios teriam cessado após um acordo concluído a 25 de agosto de 2015 entre os dois países.