Jack Ma
As 62 pessoas mais ricas do mundo detêm uma fortuna equivalente a soma da riqueza de metade da população mundial. Ao mesmo tempo, o fosso entre pobres e ricos continua a aumentar rapidamente, informou uma instituição de caridade.
Apesar de metade desses afortunados serem dos EUA, a lista divulgada pela Oxfam conta com 5 chineses da parte continental e 3 magnatas de Hong Kong.
Robin Li, fundador do Baidu; Ma Huateng (conhecido como Pony Ma), chefe da Tencent; Jack Ma, fundador do Alibaba; Wang Jianlin, presidente do Grupo Wanda; e Li Hejun, do Grupo Hanergy, estão na lista das 62 pessoas mais ricas do mundo.
Os magnatas de Hong Kong que figuram na lista são Li Ka-shing, Lee Shau Kee e os irmãos Kwok, Thomas e Raymond.
O documento intitulado “Uma economia a serviço de 1%” também lista 17 bilionários da Europa, enquanto o restante vem de países como Brasil, México, Japão e Arábia Saudita.
A riqueza das 62 pessoas mais ricas aumentou mais de meio trilhão de dólares, alcançando US$ 1,76 trilhão, um aumento de 44% desde 2010, informou a Oxfam em um relatório divulgado pouco antes do início do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Enquanto isso, a riqueza da metade mais pobre da população mundial caiu para US$ 1 trilhão desde 2010, uma queda de 41%.
Winnie Byanima, diretora executiva da Oxfam Internacional, disse que “os ricos não podem mais fingir que a sua riqueza beneficia a todos. A sua riqueza extrema mostra, na verdade, uma economia global em crise”.
“A recente explosão de riqueza dos super-ricos ocorre às expensas da maioria, particularmente das pessoas mais pobres,” disse.
Em seu relatório, a Oxfam pediu por ações de combate aos paraísos fiscais como forma de enfrentar a desigualdade, e instou os governos a investirem em saúde, educação e outros serviços públicos básicos.
Apesar da disparidade de riqueza crescente a nível mundial, o número de pessoas que vivem na extrema pobreza caiu para 650 milhões desde 1981, embora a população mundial tenha crescido 2 bilhões durante o mesmo período, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Esse cenário se deve principalmente à ascensão chinesa, que sozinha retirou cerca de 500 milhões de pessoas da pobreza extrema, disse a OCDE.
Edição: Rafael Lima