O produtor chinês de veículos de passageiros, Higer, assinou um acordo estratégico com um cliente saudita e realizou uma cerimônia de entrega de 1.200 autocarros escolares com destino à a Arábia Saudita num parque industrial em Suzhou, na Província de Jiangsu. (Wang Jianzhong/Diário do Povo) |
Por Diário do Povo
“A visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping à Arábia Saudita é uma visita histórica,” disse Salman Aldossary, editor chefe do jornal saudita Asharq Al-Awsat durante uma recente entrevista concedida ao Diário do Povo. Segundo Salman, “a visita de Xi será uma oportunidade preciosa para reforçar as relações sino-sauditas em diversas áreas, tais como política, economia, sociedade e cultura.”
Atualmente, a Arábia Saudita é o maior parceiro comercial da China na região da Ásia Ocidental e do Norte da África. De acordo com Salman, devido à estratégia do seu país, baseada na diversificação económica, a Arábia Saudita reforçou o seu investimento na China e as relações de cooperação de benefício mútuo entre ambas as partes em diversos setores de atividade avançaram rapidamente.
“A Arábia Saudita espera fortalecer os laços com a China, pois o país asiático registou um desenvolvimento rápido nas áreas da indústria, ciência e tecnologia, com as suas próprias características distintivas,” acrescentou Salman.
Quanto à iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”, Salman afirmou ser uma proposta que visa reforçar as relações económicas e comerciais entre a China e os países ao longo da Rota da Seda.
“Além de promover a construção de infraestruturas, os laços comerciais e a circulação de moeda, a iniciativa também inclui intercâmbios culturais em outras áreas,” disse Salman.
O editor chefe referiu que, “por causa da sua localização geográfica e da sua posição dominante na economia regional, a Arábia Saudita é um país indispensável ao longo do campo de influência abrangido por ‘Um Cinturão e Uma Rota’.”
Em relação ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), Salman afirmou que este tem como finalidade o impulso da construção de infraestruturas nos países asiáticos. Deste modo, cada vez mais países dão atenção e apoio ao banco, que contabiliza agora 57 países fundadores.
Salman asseverou que o BAII será crucial no apoio ao reforço da construção de estradas, ferrovias e portos nos países membros. A influência do banco, segundo a sua perspetiva será crucial na criação de oportunidades para melhorar o setor energético e ampliar os serviços de comunicação. Tudo isto deverá refletir-se, não só na modernização dos países membros, mas também no volume de negócios dos países da Ásia Ocidental e do Norte da África responsáveis pelos projetos de construção de infraestruturas nos países membros do BAII.
Edição: Chen Ying
Revisão: Mauro Marques