TEERÃ, 16 de fev. (Diário do Povo Online) – O primeiro trem de cargas ligando a China e o Irã chegou nesta segunda-feira a Teerã, estabelecendo um marco no processo de revitalização da antiga Rota da Seda e abrindo um novo capítulo na história de cooperação ganha-ganha entre a China e o país persa.
O trem, conhecido como trem da rota da seda, percorreu uma distância de mais de 10 mil quilômetros e atravessou o Cazaquistão e Turcomenistão antes de chegar ao Irã. O trem partiu no dia 28 de janeiro da cidade de Yiwu, na província chinesa de Zhejiang.
Segundo o vice-ministro das Estradas e Urbanismo do Irã, Mohsen Pour-Aqaei, o trem chegou à estação ferroviária de Teerã carregado com dezenas de contêineres.
Na sua chegada, o ministro Mohsen fez um discurso dando as boas-vindas ao trem de cargas.
“O trem foi uma importante iniciativa dentro do processo de revitalização do Cinturão Econômico da Rota da Seda. Ele percorre cerca de 700 quilômetros por dia,” disse o vice-ministro Mohsen na cerimônia de chegada da locomotiva ao país.
“O tempo de viagem do trem é 30 dias mais curto se comparado ao tempo de viagem que um navio de cargas leva entre a cidade de Shanghai, na China, e a cidade portuária de Bandar Abbas, no Irã,” disse ele.
O vice-ministro iraniano também informou que haverá uma viagem desse tipo por mês entre os dois países.
O trem de cargas entre a China e o Irã é uma das iniciativas chinesas para revitalizar a antiga Rota da Seda que ligava a Europa ao Leste Asiático.
Teerã não será o destino final dos trens de carga da China, disse Mohsen, mas deverá se estender até chegar à Europa.
O embaixador da China em Teerã, Pang Sen, disse que, como um dos projetos concretizados depois da visita do presidente Xi Jinping ao Irã, o trem de carga vai desempenhar um importante papel na construção da iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”.
O embaixador salientou que a estrada de ferro Yiwu-Teerã fornece aos dois países um meio de transporte de cargas rápido e eficiente, e que os países ao longo da linha de ferro vão expandir suas capacidades ferroviárias para melhorar seus sistemas de transportes.
Edição: Rafael Lima