Beijing, 24 fev (Xinhua) -- A China reafirmou na terça-feira seu direito à autodefesa e rechaçou a acusação dos Estados Unidos como "estardalhaço com segundas intenções", depois que um relatório de um instituto de pesquisa norte-americano disse que a China poderia estar instalando um radar nas ilhas do Mar do Sul da China.
O desdobramento das instalações de defesa é resultado do direito da China à autodefesa outorgado pela lei internacional e é completamente legítimo, indica um comunicado de imprensa do Ministério da Defesa Nacional chinês.
O ministério emitiu as declarações depois que o Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, disse em um relatório publicado na segunda-feira que imagens de satélite mostraram que a China poderia estar instalando um sistema de radar nas ilhas Nansha. O sistema de radar impulsionaria enormemente a capacidade da China de vigiar o trânsito na superfície e no ar na parte sul do Mar do Sul da China, assinala o relatório.
O ministério chinês disse que as instalações que incluem equipamento de navegação e meteorologia são principalmente de uso civil para oferecer um benefício público à comunidade internacional.
O ministério acusou os Estados Unidos --que reforçaram seu desdobramento militar no Mar do Sul da China, enviaram navios ou aviões militares às águas do mar e uniram seus aliados para realizar exercícios conjuntos ou navegar de maneira conjunta com uma forte pertinência-- de "ser a causa" da militarização na região.
"Fecham-se os olhos diante da conduta dos Estados Unidos, mas se criticou repetidamente a construção legítima da China nas ilhas. Isso incita problemas de maneira deliberada com motivos ocultos e exagerando a tensão", assinalou o Ministério da Defesa Nacional.