Xie Zhenhua, alto responsável para as questões climáticas da China, toma o seu posto numa conferência de imprensa (coletiva à imprensa) no pano de fundo das “Duas Sessões” na segunda-feira.
“É razoável para a China perseguir tal objetivo para 2030, assim como tentaremos o nosso melhor para atingir essa meta ainda antes”, disse Xie Zhenhua, que também opera como consultor político nacional.
De acordo com um relatório da Reuters, a China parece ter atingido o seu pico de emissões de dióxido de carbono em 2014, tendo o nível caído em 2015.
Porém, Xie disse ter notado que várias agências emitiram recentemente relatórios nos quais concluem que as emissões globais de dióxido de carbono pararam de crescer devido a uma economia mundial enfraquecida e aos esforços levados a cabo por vários países em 2015, tendo a China sido um fator de peso.
“…mas não atingimos o pico em 2014”, disse Xie numa conferência de imprensa do Comité Nacional da CCPPCh na segunda-feira.
A Intended Nationally Determined Contribution of China criou um plano que advoga que o pico de emissão de gases com efeito estufa seja atingido em 2030, sendo que será feito um esforço para que esse marco seja atingido ainda antes, tendo em conta as necessidades da industrialização e da urbanização, disse Xie.
A China planeia completar a sua fase de industrialização até 2020, sendo que a urbanização e o crescimento populacional deverão estabilizar em 2030, acrescentou.
Para atingir o pico referido no plano, a China já tomou várias medidas no sentido de abrandar o crescimento de emissões, especialmente ao promover as energias sustentáveis, afiançou Xie, acrescentando que o país já possui cerca de 25% de toda a energia sustentável do mundo.
A China demonstrou também interesse no aumento da eficiência energética, desenvolvimento de combustíveis não-fósseis, expansão da área florestal e do ajustamento da sua estrutura industrial.
A energia proveniente de combustíveis não-fosseis irá ocupar uma parcela maior do gráfico de consumo até 2020, situando-se nos 15% do consumo energético do país, um aumento face aos 12% de 2015. Esta é, de resto, uma das metas do 13º plano quinquenal.
Nos próximos 5 anos, o país deverá registar uma redução de 18% na “intensidade de carbono”, referiu Xie. Este fator refere-se às emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB em 2020 comparada com 2015.
Edição: Mauro Marques