Ministério diz que imposto sobre e-commerce não afeta turistas

Fonte: Diário do Povo Online    11.04.2016 09h09

Transeuntes cruzam a rua perto de uma famosa loja de departamentos livre de impostos muito popular entre os turistas chineses em Tóquio, no Japão, no dia 11 de fevereiro de 2016.[Foto/Agências]

O novo imposto sobre bens importados comprados em sites de comércio eletrônico não afetará os turistas chineses que compram no exterior, informou no sábado o Ministério das Finanças.

Muitas pessoas se mostraram preocupadas com o novo imposto sobre produtos importados que entrou em vigor na sexta-feira, pensando que isso poderia trazer problemas para os chineses que viajam ao exterior. No entanto, o ministério disse que os temores não passam de confusão.

"Os novos objetivos da política de e-commerce não são os turistas no exterior," destacou o jornal Diário do Povo.

As regras para os turistas que regressam do estrangeiro se mantêm inalteradas, com compras até 5 mil yuans (US$ 770) isentos de taxas. O novo imposto se refere apenas às plataformas de e-commerce que permitem aos consumidores comprar produtos importados e entregues por meio de serviços postais.

O e-commerce transfronteiriço tem crescido com o aumento da procura de produtos de maior qualidade entre a classe média chinesa. Os sites têm tido vantagem sobre outros canais, como as lojas duty-free, uma vez que eles não precisam pagar tarifas, imposto de importação de valor agregado ou imposto sobre o consumo.

Parte da cadeia do e-commerce também expressou preocupação com os novos impostos, dizendo que ele entrou em vigor apenas duas semanas depois de ter sido anunciado e que, portanto, eles não tiveram tempo suficiente para limpar os estoques.

Clientes também reclamaram alegando que agora eles devem pagar impostos mais altos para produtos importados de baixo valor. Anteriormente, esses produtos eram taxados em apenas 10%, mas agora estão sujeitos a um imposto entre 11,9 e 32,9%.

No entanto, analistas observaram que alguns itens de luxo, como cosméticos de até 2mil yuans, passaram a ter um imposto mais baixo.

A Fitch Ratings disse no seu último relatório que as restrições da China sobre compras no exterior pode diminuir a diferença de preço dos produtos de luxo entre a China e o restante do mundo, impulsionando o consumo doméstico.

(Editor:Renato Lu,editor)

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