Beijing, 26 mai (Xinhua) -- Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês defendeu quarta-feira a posição do país no Mar do Sul da China, rejeitando as críticas dos Estados Unidos, Japão e meios de comunicação ocidentais.
Hua Chunying disse em uma entrevista coletiva regular que as atividades de construção da China em suas ilhas e recifes iniciadas no fim de 2013 se destinam completamente à proteção de sua soberania e direitos.
"A construção chinesa no Mar do Sul da China veio depois das atividades ilegais dos outros países na região."
O "reequilíbrio" na estratégia norte-americana na Ásia-Pacífico e a solicitação filipina de arbitragem no Mar do Sul da China também vieram antes da reivindicação chinesa das ilhas, disse ela.
Os comentários de Hua vieram depois que o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que as ações da China nos Mares do Sul e do Leste da China ameaçavam criar um "barril de pólvora".
Na cidade de Ho Chi Minh, no Vietnã, Kerry disse que sugeriria à China não agir unilateralmente para recuperar e militarizar as ilhas, de acordo com a AP.
Hua, porém, disse que o desenvolvimento e as atividades militares crescentes dos Estados Unidos na região eram que estavam criando tensões.
Ela também criticou o Japão por exagerar o assunto do Mar do Sul da China na véspera de o G7 se reunir. "Como a economia mundial está enfrentando uma situação tão complicada, a cúpula deveria focar em administração e cooperação econômica global."
O "pequeno truque" do Japão como o anfitrião da cúpula do G7 fará inútil para o grupo e para a paz e estabilidade no Mar do Sul da China, disse ela.
Cada vez mais nações e organizações internacionais estão expressando entendimento e apoio à posição de Beijing no Mar do Sul da China, acrescentou.
Hua elogiou a posição "justa e imparcial" da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS) no assunto.
Os ministros das Relações Exteriores dos países da OCS se mostraram terça-feira contra a internacionalização e a interferência externa nesse caso.