Cerca de 4000 pessoas em Okinawa reuniram-se ontem nas imediações da Base Aérea de Kadena, operada pelos Estados Unidos, protestando contra o assassinato de uma mulher local por um soldado norte-americano.

Os manifestantes, incluindo membros do parlamento japonês, empunharam cartazes e gritaram slogans contra a presença de bases americanas em território nipónico.

“A indignação dos residentes em Okinawa atingiu o limite, com a ocorrência frequente de tais incidentes. Não toleramos a presença de bases aéreas, não só em Okinawa, como em outros lugares do Japão,” afirmou um manifestante.

O protesto apresentou um comunicado que apelava à redução do tamanho das bases americanas, à revisão do acordo de cooperação militar entre os EUA e o Japão (SOFA, na sigla em inglês), e ao abandono do plano da relocação de uma base americana para Henoko.

Uma mulher de 20 anos foi violada e estrangulada por um ex-fuzileiro norte-americano no mês passado. O seu corpo veio a ser descoberto numa área florestal.

Este tipo de atos criminosos envolvendo militares americanos em Okinawa já conta com um histórico substancial. Um marinheiro americano foi detido em março, após violar uma mulher em um hotel na cidade de Naha, a capital da prefeitura de Okinawa.