Beijing, 14 jun (Xinhua) -- É provável que a China mantenha o crescimento nas indústrias de entretenimento e mídia, mostrou na segunda-feira um relatório da PwC.
A empresa de auditoria e contabilidade previu que as receitas dessas duas indústrias da China vão chegar a US$ 258 bilhões até 2020, com um crescimento anual de 8,9%, significativamente maior que a média mundial de 4,4%.
Os setores de publicidade da internet, filme e jogos de vídeo deverão registrar crescimentos de 13,9%, 18,9% e 7,4% durante o período de 2015 a 2020.
O crescimento rápido será um benefício para a economia no geral, de acordo com Sandy Xu, da PwC China.
Xu acredita que as indústrias de entretenimento e mídia se tornaram um importante segmento no setor terciário da China, sendo um novo motor econômico com crescimento após as quedas em exportações e indústria pesada.
O relatório da PwC sobre o panorama global de entretenimento e mídia envolveu 13 setores relacionados em 54 países.
A China é de longe o maior mercado de publicidade da internet na Ásia e o segundo maior no mundo, respondendo por 29% do total mundial em 2015. A PwC previu que a participação subirá para 31,9% em 2020.
"Um desempenho econômico firme e um aumento da classe média com um apetite de tecnologia apoiam a publicidade da internet da China", disse Xu, acrescentando que a grande população e o acesso limitado de banda larga são fortes indicadores para o crescimento no futuro.
O setor cinematográfico será outra área de crescimento, apontou o relatório. A China ultrapassará os Estados Unidos com a maior bilheteria mundial em 2017, alcançando US$ 10,3 bilhões. O volume deve atingir US$ 15 bilhões até 2020.
A PwC atribuiu o grande crescimento ao fato de que a população chinesa continua a ser servida de forma relativamente insuficiente devido ao número restrito de cinemas. A relação tela por cada um milhão de pessoas no país (23) ainda são ofuscadas pelos EUA (125).
Como o terceiro maior mercado de videogames no mundo, a China verá um salto de receitas totais do setor para US$ 12,8 bilhões até 2020, ante US$ 8,9 bilhões em 2015, com a ajuda de realidade virtual e modelos de pagamento online.
O relatório indicou que a China superará a maioria do mundo em setores de música e revista, mas ficará um pouco menor do que as médias mundiais em publicidade de TV e publicação de livros.