Sede da Midea, em Shunde, na província de Guangdong

A Midea, uma marca chinesa especializada em eletrodomésticos, tenciona adquirir cerca de 43,74% das ações da alemã Kuka, expandindo assim a sua possessão atual de 13,5% da empresa com sede em Ausburgo.

Face aos rumores de que haveria uma onda de preocupação por parte das entidades públicas e oficiais alemãs de que a aquisição da Kuka pela empresa chinesa pudessem causar perdas tecnológicas e de empregos locais, a Midea e a Kuka deram a conhecer conjuntamente esta semana um acordo que prevê o compromisso de manter a sua atual sede, fábricas e empregos.

A Midea fez uma oferta de aquisição à Kuka em meados de junho. A Kuka terá até 15 de julho para decidir sobre esta. A oferta deverá valorizar a empresa em mais de 4000 milhões de euros.

Existe uma procura imensa no setor da robótica na China, estando o aumento da produtividade no centro desta demanda.

Desde 2013, a China comprou mais robôs industriais anualmente do que qualquer outro país, sendo que se espera que se venha a converter na principal operadora de robôs industriais do mundo até 2018. Muitas companhias do setor da robótica da China recorreram a fusões e aquisições ultramarinas.

Na terça-feira, Hong Lei, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, pediu objetividade ao estrangeiro aquando da conclusão de fusões e aquisições de empresas chinesas e “um ambiente de negócios razoável e transparente para elas”.

“A conduta de negócios deve decorrer de forma justa”, disse Hong.