Beijing, 15 jul (Xinhua) -- Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China pediu ontem que a Austrália não trate a conclusão ilegal de um tribunal arbitral ilegítimo como a lei internacional.
"Esperamos que a parte australiana tome a lei internacional seriamente, ao invés de como um assunto insignificante", disse o porta-voz Lu Kang em uma entrevista coletiva.
Depois da emissão de uma assim chamada decisão sobre a arbitragem do Mar do Sul da China por um tribunal arbitral na terça-feira, que foi unilateralmente iniciada pelo anterior governo filipino, a ministra australiana das Relações Exteriores, Julie Bishop, advertiu à China que existia "grandes custos de reputação" por ignorar a decisão.
"Estou um pouco chocado ao ouvir os comentários de Bishop", disse Lu. "Esperamos que a Austrália possa respeitar a posição justa da maioria dos membros da comunidade internacional", acrescentou.
A China respeita a lei internacional --se qualquer país violá-la, as consequências não só serão custos de reputação, disse Lu, mencionando que a China defende a santidade da lei internacional e rejeita qualquer ação que a viole.
A China pediu que a Austrália não considere a violação à lei internacional própria lei internacional, disse Lu.
Reportagens disseram que Bishop pediu na quarta-feira que todas as partes respeitem a assim chamada sentença, que ela descreveu como final e legalmente vinculante. A ministra também disse que navios e aeronaves australianas continuarão a exercer os direitos de liberdade de navegação e sobrevoo.
"Apresentamos representações solenes à parte australiana", disse Lu.
Como o maior país litorâneo no Mar do Sul da China, a China respeita a liberdade de navegação e sobrevoo no Mar do Sul da China gozada por todos os países no marco da lei internacional, indicou.
A China tomará respostas firmes a qualquer ação provocativa que prejudique a soberania e os interesses de segurança da China em nome da liberdade de navegação e sobrevoo, de acordo com o porta-voz.
A Austrália não é uma parte envolvida na questão do Mar do Sul da China, disse Lu, acrescentando que a China espera que a Austrália mantenha sua promessa de não tomar posição nas disputas de reivindicação de soberania e evite ações que possam danificar os laços bilaterais e a paz e estabilidade da região.
Ao comentar a assim dita sentença, Lu disse que a arbitragem lançada unilateralmente pelo governo de Aquino III, que violou a lei internacional, é uma farsa política sob o manto da lei.
O que o tribunal arbitral fez desviou severamente da prática comum de arbitragem internacional. A decisão é nula e vácua sem nenhuma força vinculante, disse o porta-voz.