Sobre a intervenção na arbitragem por parte de países extrarregionais, como os EUA e o Japão, Hou Yi, vice-pesquisador do Instituto de Estudos Fronteiriços Chineses da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirma que a sua atuação prejudica os interesses dos países em torno do Mar do Sul da China, assim como os interesses comuns da China e dos países da ASEAN. A intervenção norte-americana não é propícia à manutenção do desenvolvimento pacífico e estável da região, adverte.

Vannarith Chheang, co-fundador e presidente do Instituto de Estudos Estratégicos do Camboja, salientou que é necessário manter a cautela e sobriedade, de modo a não cair na armadilha do jogo geopolítico. O Camboja mantém uma postura cautelosa sobre este assunto, opondo-se a que o resultado da arbitragem danifique as relações China-ASEAN.

Neste 25º aniversário do estabelecimento das conversas entre a China e a ASEAN, Zhao disse que a disputa do Mar do Sul da China é uma questão entre a China e alguns países da ASEAN, ao invés de ser um problema entre a China e toda a ASEAN. O desenvolvimento cooperativo, pacífico e estável na região do Mar do Sul da China vai de encontro ao interesse de todas as partes. Este é um fato indiscutível.

Wang Yuzhu, diretor do gabinete de estudos de cooperação regional do Instituto Nacional de Estratégia Internacional da Academia Chinesa de Ciências Sociais, apontou que os países relacionados vão perceber, mais cedo ou mais tarde, que após a arbitragem sobre o Mar do Sul da China, irão eventualmente retornar a uma vida normal, e que a necessidade de melhorar a vida das pessoas depende da cooperação.

“A China, como líder no desenvolvimento regional, promoveu o crescimento do desenvolvimento das economias do Sudeste Asiático ao longo dos últimos 10 anos”, disse Oh Ei Sun, consultor da Escola S.Rajaratnam de Estudos Internacionais da Universidade Tecnológica de Nanyang. A construção do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e a iniciativa "Um Cinturão e Uma Rota", promovidas pela China, receberam um grande apoio por parte dos países da ASEAN. Chheang disse ao Diário do Povo que o reforço da cooperação com a China também é da vontade dos países da ASEAN. É muito importante para o desenvolvimento regional que a China e a ASEAN construam uma comunidade de destino comum.