Beijing, 28 jul (Xinhua) -- A Administração Estatal de Patrimônio Cultural (AEPC) da China lançará uma campanha para combater os danos criminosos à Grande Muralha.
A campanha envolverá inspeções regulares e verificações aleatórias nos esforços de proteção realizados pelas autoridades em 15 províncias, regiões autônomas e municípios.
A AEPC abrirá uma central telefônica especial para receber denúncias sobre violações e danos feitos pelo público à Grande Muralha.
Construída do século III a.C. até a Dinastia Ming (1368-1644), a Grande Muralha estende-se por mais de 21 mil quilômetros, da Província de Gansu (noroeste) à de Hebei (norte).
Conforme as estatísticas da AEPC, cerca de 30%de uma seção de 6.200 quilômetros da muralha construída na Dinastia Ming desapareceu, e menos de 10% é considerado bem preservado.
A Grande Muralha enfrenta ameaças da natureza e dos humanos. Terremotos, chuvas, ventos e outros elementos naturais destruíram muitos tijolos.
As atividades humanas incluem o desenvolvimento irresponsável de alguns governos, roubos de tijolos pelos aldeões locais para uso em construção e agricultura perto da construção, de acordo com a pesquisa da Sociedade Chinesa da Grande Muralha.
Falta de esforços de proteção nas regiões remotas e um plano fraco para proteção também contribuíram para os danos.
Em 2006, a China divulgou uma regulação nacional sobre a proteção da Grande Muralha. No entanto, os especialistas pediram que as autoridades tomem mais medidas práticas para concretizar a regulação.
Este ano, a Região Autônoma da Mongólia Interior incluiu as despesas para proteção da Muralha em seu orçamento. O governo da cidade de Fangcheng, Província de Henan, iniciou uma campanha para especialistas em conservação e residentes a protegerem.