Genebra, 24 ago (Xinhua) -- Um especialista das Nações Unidas elogiou a China por seu enorme progresso no alívio da pobreza, dizendo que a China teve um avanço "extraordinário" ao aliviar pobreza extrema nos últimos anos.

O Relator Especial das Nações Unidas sobre pobreza extrema e direitos humanos, Philip Alston, destacou em uma declaração emitida na terça-feira a determinação da liderança do Partido Comunista da China, ou o partido no poder da China, para construir uma sociedade moderadamente próspera livre da pobreza extrema.

"Esta vontade política será impressionante e muito incomum no mundo de hoje", disse Alston depois de sua visita oficial de nove dias ao país.

Ele observou que a liderança da China prometeu eliminar pobreza extrema até 2020, de forma que ninguém deve ser deixado para trás. Em prática, isto significa tirar 55,75 milhões de pessoas da pobreza extrema.

Segundo o especialista da ONU, ao mesmo tempo, a China também precisa adotar significantes mecanismos de responsabilidade que cidadãos possam usar quando seus direitos forem violados no contexto de atividades relacionadas com desenvolvimento.

"A China tem muito para se orgulhar no campo do alívio da pobreza. Porém, se o país garantirá eficazmente a implementação de suas obrigações de direitos econômicos e sociais, precisa adotar mecanismos mais fortes para o envolvimento dos cidadãos e de responsabilidade governamental", afirmou.

Durante sua visita de nove dias à China, o especialista em direitos humanos reuniu-se e conversou com o governo central e governos locais, organizações não-governamentais, representantes das organizações internacionais, e especialistas acadêmicos na capital chinesa Beijing e na Província de Yunnan, sudoeste da China.

O Relator Especial apresentará um relatório abrangente com suas descobertas e recomendações completas ao Conselho de Direitos Humanos em junho de 2017.