O candidato presidencial republicano dos EUA, Donald Trump, sentiu as dores de uma nova linha de anúncios políticos da rival democrata, Hillary Clinton, retratando-o como racista, no momento em que ele está tentando recuperar o atraso nas pesquisas.
A campanha de Clinton lançou na semana passada um novo anúncio de televisão, alegando que a Ku Klux Klan (KKK) está entre os partidários de Trump - um grupo de supremacia branca que já matou, aterrorizou e intimidou negros e outras minorias nos Estados Unidos, embora agora o grupo tenha muito pouco poder, se comparado com décadas atrás, quando estava em seu auge.
Mesmo Trump não tendo laços com a supremacia branca, o anúncio sugere que eles apoiam Trump e que se ele ganhar, eles vão liderar o país.
Especialistas disseram que os anúncios poderiam ferir Trump e prejudicar a sua campanha, que está apenas três meses das eleições de novembro.
"Os anúncios são prejudiciais para Trump, porque eles projetam sobre ele ou sua campanha, como se fosse alguém que não possui nenhum sentimento em relação as comunidades minoritáras", Darrell West, vice-presidente e diretor de estudos de governo do Instituto de Brookings, disse a Xinhua.
Os anúncios não só reforçam os pontos já conhecidos de que Trump é rude e descortês, mas também aproveitaram para levar esta crítica muito adiante, chamando-o de racista, disse West.
Por sua parte, Trump criticou os anúncios, dizendo que são falsos, ao usar mídias sociais para desmentir os ataques de Clinton.
Mas esse movimento é arriscado para Trump, como dizem os especialistas, Trump deve desviar a atenção do público ao seu estilo bombástico e focar nos problemas de Clinton, como erros e corrupção enquanto ela era secretária do estado.
Especialistas também disseram que o empresário de Nova York deve continuar com a sua mensagem de que as leis e a ordem não estão sendo respeitadas nos Estados Unidos, e que a presidência de Clinton só iria agravar isto, já que Clinton seria uma extensão da atual administração de Obama.