Enviado chinês pede ajuda médica para o Haiti depois do furacão Matthew

Fonte: Xinhua    12.10.2016 10h20

Nações Unidas, 12 out (Xinhua) -- Um enviado chinês exortou nesta terça-feira a comunidade internacional a enviar ajuda humanitária ao Haiti e dar prioridade para a ajuda médica e o saneamento d'água para evitar um surto de cólera e outras epidemias.

Liu Jieyi, representante permanente da China na ONU, fez o chamado durante uma reunião do Conselho de Segurança sobre o Haiti, ocasião na qual transmitiu suas condolências ao governo e ao povo do Haiti.

"Esperamos que o Haiti supere os efeitos do furacão o mais rápido possível, que reconstrua logo sua casa, que complete gradualmente a transição política e que embarque no caminho rumo a estabilidade e o desenvolvimento", disse Liu.

O furacão Matthew, o mais forte no Caribe nos últimos anos, atingiu o país na terça-feira. De acordo com a ONU, pelo menos 1,4 milhão de pessoas necessitam de ajuda.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários informou que cerca de 20 mil casas ficaram destruídas, mais de 15,6 mil pessoas foram evacuadas e que o número de mortos poderia passar de mil.

O Haiti é particularmente vulnerável a desastres naturais e tem sofrido muito nos últimos anos. Em 2004, o furacão Jeanne deixou pelo menos 3 mil mortos no país.

Liu disse que o desenvolvimento é o meio fundamental para se melhorar a resistência do Haiti a desastres e sua capacidade de recuperação.

"Esperamos que o governo haitiano fortaleça o planejamento, formule uma estratégia de desenvolvimento adequada a sua condição nacional, que acelere a construção da infraestrutura, impulsione a agricultura, o turismo e outros setores importantes, que promova o Estado de direito, melhore a situação humanitária e assegure os interesses dos grupos mais vulneráveis", disse.

O enviado também disse que a comunidade internacional deve ampliar a ajuda para o Haiti de forma mais específica e ajudar o governo haitiano a fortalecer sua capacidade de governança para que o país possa se desenvolver por si mesmo num futuro próximo.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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