Beijing, 7 nov (Xinhua) -- O número de consumidores de alto padrão na China registrará um aumento drástico nos próximos 15 anos, com seus gastos familiares superando o nível atual da União Europeia, de acordo com um relatório realizado pelo Economist Intelligence Unit (EIU), um centro de estudo da revista Economist.

O número de pessoas com receita superior a US$ 10 mil por ano crescerá para cerca de 480 milhões na China até o ano de 2030, em comparação com a cifra de 132 milhões atuais, segundo o estudo.

A proporção da população com receita média e alta subirá de 10% para 35% até 2030, quando a China terá a maior sociedade de classe média do mundo, apesar do desequilíbrio na distribuição da riqueza, que continuará sendo um desafio social importante, assinala o relatório.

"Esperamos que o poder de compra de um consumidor chinês em 2030 seja semelhante ao nível atual da Coreia do Sul ou dos Estados Unidos no ano de 2000", disse Wang Dan, analista do EIU China.

Algumas cidades do interior se tornarão em grandes centros de consumo, com cidades como Changsha, Chengdu, Chongqing e Wuhan contando com mais de 2 milhões de consumidores de alto padrão em 2030. No entanto, outras cidades pequenas ficarão atrás devido ao desequilíbrio regional.

Apesar das preocupações pela desaceleração econômica da China, é importante ter em conta que o país se encontra ainda na etapas intermediária do desenvolvimento em termos de gastos de consumo.

Com o aumento das receitas, os chineses procurarão melhores hábitos de consumo e selecionarão marcas mais caras e famosas na hora de adquirir artigos como carros e celulares, e gastarão mais no setor de serviços, como por exemplo em turismo e lazer, saúde, educação e finanças, segundo o documento.

"A economia de consumo da China deverá experimentar um período de desenvolvimento e expansão", afirmou Wang.