BEIJING, 30 de nov (Diário do Povo Online) - O mercado imobiliário da China deverá manter-se estável durante o próximo ano, apesar dos riscos regulatórios serem altos, acompanhando o aumento célere dos preços das casas e de terrenos, segundo avançou a Moody’s na sua última previsão.
“Prevemos que o crescimento nacional de vendas contratadas seja nulo ou ligeiramente negativo em 2017, face ao desempenho elevado de 2016”, disse Kaven Tsang, vice-presidente da Moody’s.
“Estimamos um crescimento de vendas na ordem dos 25% face ao ano transato”.
Tsang previu uma queda no volume de vendas compreendida entre os 5 e os 10 por cento no próximo ano, face às medidas de contenção implementadas em cidades de maior dimensão em setembro e outubro.
A queda será, porém, anulada por um modesto crescimento dos preços.
Se o volume de vendas anual superar os 10%, de forma sustentada e num ambiente de baixo risco regulatório, o panorama poderia tornar-se positivo, segundo a Moody’s.
Um declínio a pico nos preços é um cenário pouco provável nos próximos 6 a 12 meses, tendo em conta os níveis de inventário relativamente baixos em cidades de topo, prosseguiu.
No final da última segunda-feira, Shanghai anunciou que a entrada para todos os que compram a primeira casa seria aumentada de 30% para 35% a partir de ontem.
As pessoas que não possuam uma casa atualmente mas se tenham candidatado a uma hipoteca a um banco comercial ou a um fundo de habitação pública em qualquer ponto do país, terão que pagar um mínimo de 50% de entrada, pois são considerados, de agora em diante, compradores de uma segunda casa na cidade.