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2016: Um ano de sucesso e de aproximação sino-lusófona (3)

Fonte: Xinhua    16.12.2016 13h28
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Cooperação China-Brasil

O diálogo China-Brasil tem sido promissor e dá sinais de que seu futuro será brilhante, ainda que as trajetórias econômicas, técnicas e científicas perseguidas por ambos os países sejam muito diferentes desde que foram estabelecidas as relações diplomáticas, em 1974.

O país sul-americano tem vivido um dos períodos de maior turbulência política e econômica da sua história. Como resultado de uma série de acontecimentos que começaram a se tornar mais contundentes com as manifestações de 2013, decorreram-se o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a ascensão de um novo projeto de poder no país.

Apesar dos debates internos, nos quais o povo brasileiro está mergulhado, na tentativa de se reconstruir como um país mais justo, solidário e pacífico, a China continuou desempenhando seu papel de maior parceiro econômico do Brasil. Este, por sua vez, continuou no ano de 2016 sendo um importante produtor de itens com forte demanda entre os chineses.

Um dia depois de se tornar o novo presidente do Brasil, Michel Temer, em sua primeira viagem internacional ao comando do país latino-americano, desembarcou em Xangai para participar da cúpula do G-20, que ocorreu na cidade de Hangzhou, onde foi recebido pelo presidente chinês.

Expressando sua satisfação por sua primeira viagem como chefe de Estado ter sido justamente à China, o mandatário brasileiro afirmou: "O objetivo desta visita é também reiterar a necessidade de mantermos essa sólida relação que foi construída ao longo do tempo e dizer que queremos cada vez mais aumentar e incrementar nossas relações bilaterais".

Pouco tempo depois, o Brasil indicou seu novo embaixador em Pequim, Marcus Caramuru de Paiva, que conta com quase dez anos de experiência no país asiático, tendo sido cônsul-geral do Brasil em Xangai entre 2008 e 2011.

Jogos Olímpicos

O povo brasileiro, no centro de um furacão político e económico que assombrava o seu quotidiano, deixou transparecer a sua genuína alegria de viver, arrebatando algumas expectativas menos abonatórias e dando uma lição ao mundo, ao transformar os Jogos Olímpicos (os primeiros da América Latina) num carnaval de dimensão intercontinental. A folia não escolheu raças ou credos, convidando todos a participar numa homenagem efusiva aos valores pelos quais o desporto se pauta.

Às vésperas dos jogos, a presidência da República do Brasil abriu uma conta na rede social chinesa Weibo. Por meio de um vídeo, a então presidente Dilma Rousseff convidou o povo chinês a comparecer aos Jogos Olímpicos Rio 2016: "O Brasil inteiro aguarda os atletas e os torcedores chineses de braços abertos".

Enviada especial do presidente Xi Jinping para a cerimônia de abertura no Maracanã, a vice-primeira-ministra chinesa Liu Yandong elogiou os Jogos Olímpicos como o maior e mais influente evento esportivo do mundo e uma plataforma de comunicação e intercâmbios. Ao se dirigir à delegação olímpica chinesa no Rio de Janeiro, Liu foi enfática ao afirmar que as olimpíadas eram uma preciosa oportunidade de intercâmbio entre os povos: "Espero que vocês plantem as sementes da amizade e se tornem embaixadores do povo chinês (...)".

A China esteve presente nos jogos não apenas pelas suas 26 medalhas de ouro, que a deixaram em terceiro lugar do quadro-geral, mas também em uma série de projetos de infraestrutura que colaboraram para a realização bem-sucedida da Rio 2016.


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