Beijing alerta o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que o princípio de “Uma Só China” não é negociável.
A uma semana da tomada de posse, Trump disse ao Wall Street Journal, na última sexta-feira, que “tudo está em negociação, incluindo ‘Uma Só China’”.
Em resposta, o porta-voz da chancelaria chinesa, Lu Kang, afirmou no sábado, através de um comunicado, que o princípio de Uma Só China, um dos elementos políticos basilares das relações sino-americanas, não é negociável.
“O governo da República Popular da China é o único governo legítimo a representar a China”, reforçou Lu, “trata-se de um fato reconhecido pela comunidade internacional, e ninguém pode alterá-lo”.
“Urgimos os partidos relevantes dos EUA para que reconheçam na sua completude a elevada sensibilidade da questão de Taiwan, tratando as matérias com esta relacionadas de forma prudente, e honrando os compromissos respeitados por todas as administrações americanas anteriores relativamente à adesão à política de Uma Só China e aos princípios dos três comunicados conjuntos”, acrescentou.
Os três comunicados conjuntos China-EUA foram lançados entre 1972 e 1982 como padrões delineadores das relações sino-americanas.