A China se opôs firmemente às declarações proferidas pelos líderes dos EUA e do Japão, nas quais é referido que o tratado de segurança entre os dois países inclui as Ilhas Diaoyu, no Mar da China Oriental.
“A China expressa grande preocupação e firme oposição às declarações [relativas às Ilhas Diaoyu] efetuadas pelo Japão e EUA”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, durante uma coletiva de imprensa diária.
“Nos opomos firmemente à solicitação do apoio dos Estados Unidos da América, por parte do Japão, na sua reivindicação territorial ilegal, através do tratado de segurança Japão-EUA”.
Numa sessão conjunta ocorrida durante o último fim-de-semana, após a reunião entre o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente americano, Donald Trump, foi referido que o Artigo 5 do tratado de segurança EUA-Japão prevalece nas Ilhas Diaoyu.
“As Ilhas Diaoyu, e demais ilhotas afiliadas, são parte inerente do território chinês. Independentemente do que outros digam ou façam, o facto de essas ilhas pertencerem à China é inalienável”, enfatizou Geng.
“A China não hesitará na sua determinação e salvaguardará a soberania nacional e integridade territorial”, acrescentou.
O porta-voz referiu que os EUA deveriam pronunciar-se e agir de modo discreto, assim como evitar afirmações erróneas, que possam colocar em causa a paz e estabilidade regional
O comunicado conjunto EUA-Japão refere também a construção do recife no Mar do Sul da China, que Geng defendeu como “estando totalmente dentro da soberania territorial e sem qualquer intuito militar”.
O porta-voz explicou que a principal causa da ocupação militar do Mar do Sul da China, foi o envio de aeronaves e embarcações por parte de alguns países, como forma de demonstração de poder militar, aumentando o fosso entre os países da região.
A China sempre se comprometeu a resolver pacificamente as diferenças e atritos com os países diretamente envolvidos, preservando a estabilidade da região com os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla inglesa).
“Instamos os EUA e o Japão a ponderarem objetiva e racionalmente a questão do Mar do Sul da China e contribuírem para a paz e estabilidade da região, e não o contrário”, afirmou Geng.