Panorama da zona financeira e comercial de Lujiazui, no Novo Distrito de Pudong, Shanghai

BEIJING,12 de mar (Diário do Povo Online) - A política de “reforma e abertura” tem sido enfatizada repetidamente por líderes chineses após ter sido introduzida há mais de 30 anos, disse Zhang Zhao, diretor adjunto da Academia de Ciências Sociais de Shanghai, e representante da Assembleia Popular Nacional (APN).

O especialista referiu que “no passado, a China abriu as portas ao exterior por meio da realização de mais reformas. Na China de hoje, a abertura gera o estímulo para a idealização de novas reformas”.

O presidente chinês, Xi Jinping, aquando da participação da discussão com representantes da APN provenientes de Shanghai, sublinhou que a China persistirá na política de abertura integral, e continuará a liberalizar e facilitar o comércio e investimento, instando Shanghai, pioneiro da reforma e abertura do país, a agir de modo vanguardista.

“A China nunca cerrará suas portas ao mundo exterior”, reiterou Xi.

O presidente apelou a Shanghai, sede da primeira zona de livre comércio (ZLC), para buscar novos horizontes e se tornar um exemplo para a nação.

A cidade deve desempenhar melhor o seu caráter de zona de testes da campanha chinesa de abertura, através do lançamento de reformas inovadoras, e realização de mais avanços, visando comunicar ao mundo a firmeza da determinação chinesa de aprofundar a abertura integral, acrescentou Xi.

Zhang Zhao’an, diretor adjunto da Academia de Ciências Sociais de Shanghai e representante da APN, afirmou ao Diário do Povo que a “abertura” e “reforma” são dois sustentáculos na base do processo de desenvolvimento rápido da economia chinesa nas últimas três décadas.

“No passado, a China abriu as portas ao exterior por meio da realização de mais reformas. Por seu turno, na China de hoje, a abertura estimula mais reformas”, comentou.

Referindo o estabelecimento da ZLC como a melhor evidência, Zhang afirmou que as medidas de reforma resultantes dos processos de abertura, têm acelerado a otimização da administração governamental e a integração dos recursos disponíveis.

Ao compartilhar a experiência desenrolada em Shanghai, Zhang frisou a importância da liberalização do investimento, facilitação do comércio e internacionalização das finanças.

Depois do lançamento da ZLC piloto, uma lista com os pontos negativos do investimento estrangeiro foi introduzida e posteriormente adoptada por mais cidades, referiu.

A zona piloto inovou ainda o processo do comércio internacional, ao funcionar como “janela única”, o que permite aos comerciantes transfronteiriços submeter os documentos regulatórios em local unificado, afirmou o representante, elogiando que isso pode contribuir para o melhoramento da eficiência.

Além disso, de acordo com Zhang, a reforma financeira da China foi acelerada graças ao lançamento experimental de conexão das bolsas Shanghai-Hong Kong, e Shenzhen-Hong Kong, bem como a conta do comércio livre.

“Levando em conta a incerteza política na esfera global, é a cada dia mais necessário para a China insistir na abertura integral e desempenhar um papel ativo na reforma do processo do sistema da governança global, afirmou Zhang.