Comentário: China em reunião no Chile visa comércio livre, não Parceria Transpacífico

Fonte: Xinhua    15.03.2017 08h58

Beijing, 15 mar (Xinhua) -- A participação da China em uma reunião entre os países da Parceria Transpacífico e a Coreia do Sul mostra sua determinação de promover o livre comércio, especialmente em meio à fraca recuperação econômica mundial acompanhada com crescente protecionismo.

A reunião, terça e quarta-feiras na cidade litorânea chilena de Viña Del Mar, é a primeira do tipo desde que o presidente Donald Trump tirou os Estados Unidos do acordo de livre comércio com 12 países do Pacífico em janeiro.

A decisão da China de participar da reunião provocou ampla especulação de que Beijing está tentando tomar o comando do que os Estados Unidos deixaram e salvar a Parceria Transpacífico da falência.

Os que pensam que a China participa da reunião para encher o vazio geopolítico deixado pelos Estados Unidos e competir por esferas de influência fizeram uma interpretação errônea da intenção da China.

O país asiático sempre apoia o espírito do livre comércio que defende abertura, abrangência e benefícios mútuos. Acontece que a Parceria Transpacífico carece dessas características.

Impulsionar o livre comércio na Ásia-Pacífico nunca esteve no DNA da Parceria Transpacífico, que se tornou um acordo comercial egoísta sob a administração Obama.

Quando o governo Obama decidiu excluir a China, a segunda maior economia do mundo e um importante país de negócio, de um acordo comercial tão gigantesco, revelou que o então presidente norte-americano se importava pouco em impulsionar o livre comércio pela Parceria Transpacífico.

A ideia verdadeira de Obama era monopolizar os direitos para fazer normas comerciais na região para garantir a supremacia dos Estados Unidos e acomodar seu desenho de reequilíbrio da política da Ásia, uma estratégia projetada para deter a China.

Em forte contraste, a China tem feito esforços constantes para promover um acordo comercial regional abrangente e contribuir para a integração regional.

Para isso, Beijing tem sido um forte defensor para as negociações pela Parceria Econômica Abrangente Regional, um acordo comercial com 16 membros da região, assim como a Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico.

Estes pactos comerciais que abrangem tudo devem reduzir a fragmentação causada por muitos dos acordos de livre comércio separados e não abrangentes da região, incluindo a Parceria Transpacífico.

Os esforços de Beijing, assim como sua participação do evento no Chile, mostram que os interesses da China estão em trabalhar com outros países na região e do mundo todo para estimular o crescimento econômico mundial.

Nessa missão, o mundo descobrirá a China um parceiro confiável.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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