"O crescimento da China se estabilizou, e os sinais iniciais mostram um crescimento sólido", disse Zhang Liqun, pesquisador do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento, subordinado ao Conselho de Estado.
O país revisou a meta de crescimento para cerca de 6,5% em 2017, a mais baixa em 25 anos. A economia cresceu 6,7% em 2016, o ritmo mais lento em 26 anos.
A demanda do mercado no país e no exterior é estável, a produção das empresas continuaram se recuperando, enquanto a pressão sobre a produção de produtos manufaturados diminuiu, assinalou Zhang.
Wang Hongju, pesquisador da Academia Nacional de Estratégia Econômica, concordou com isso, notando que os dados otimistas explicam o progresso de reestruturação econômica do país.
A China teve avanços nos esforços para virar uma economia orientada pelo consumo, inovação e serviços, disse Wang, acrescentando que se deve fazer mais para avançar a reforma estrutural no lado da oferta e promover a redução da capacidade de produção excessiva e de estoques, desalavancagem, redução de custos e melhorar as conexões fracas.
Além disso, o governo também fortaleceu esforços no controle de riscos desde o início do ano, já que o país prometeu construir uma "firewall" para prevenir riscos financeiros, com vigilância rigorosa sobre ativos podres, inadimplência de títulos, bancos clandestinos e financiamento pela internet.
Apesar dos dados otimistas no primeiro trimestre, funcionários e analistas apontaram algumas áreas potenciais de preocupação.
Liang Ping, economista chefe do Banco de Comunicações, preocupa-se com as crescentes incertezas no ambiente interno e externo, acrescentando que a base para melhora econômica dentro do país necessita consolidação.
Segundo Liang, a correção do mercado imobiliário pode afetar o desenvolvimento em setores como material de construção, móveis e eletrodomésticos, pesando assim sobre o crescimento no segundo semestre do ano.