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Porto e Jinjiang sintonizados em documentário da CCTV (2)

Fonte: Diário do Povo Online    12.04.2017 14h35
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“Proto-palácios” e igrejas

Proto-palácios, em Jinjiang

Em Jinjiang, quando a palavra-chave é “antigo”, é impossível ignorar o quarteirão de Wudianshi — centro histórico e berço da cidade — e os vários edifícios de estilo hakka que ali funcionam como portal espaçotemporal para a China clássica.

Neste espaço de 126 acres podem ser encontrados mais de 100 estruturas erigidas com os tradicionais tijolos vermelhos, congregando elementos que perpassam uma herança cultural com início na China dinástica até à atualidade.

Os edifícios ali presentes, apelidados de "proto-palácios", devido às idiossincrasias artísticas envolvidas na sua construção, especialmente o supramencionado uso dos tijolos vermelhos, um dos cartões de visita da arquitetura hakka, devem o seu nome à influência que alegadamente viriam a exercer na construção dos aposentos imperiais.

Capela das Almas

A cidade do Porto, famosa (também) pelo nome que dá ao vinho produzido na região, foi edificada nas proximidades do rio Douro — artéria através da qual pulsa a energia que se propaga pela segunda maior cidade de Portugal. 

A presença ubíqua de igrejas no semblante urbano do Porto é um dos seus traços característicos. Com efeito, 13 das divisões da urbe terão sido delineadas tendo por eixos o perímetro circundante às igrejas.

Como exemplo representativo da arquitetura religiosa da cidade, a realização elegeu a Capela das Almas, com 90% da sua fachada revestida com os tradicionais azulejos em tons de azul e branco.

Construída no séc. XVIII, a capela viria posteriormente, já no séc. XX a receber os azulejos que a tornam característica, cujos padrões estéticos remetem ao estilo artístico impregnado na porcelana chinesa.

Refere o repórter que esta variante de azulejaria terá sido obtida outrora, pelos portugueses, através do contacto que mantinham com os holandeses, sendo que os últimos, por sua vez, haviam furtado os segredos das técnicas de cerâmica chinesa. Porém, como não haviam ainda dominado os processos de cada etapa de produção, nomeadamente o tempo de exposição ao calor, era-lhes apenas possível obter peças finas, tendo daqui originado este estilo, que viria a evoluir e ser uma opção recorrente na decoração de edifícios em Portugal.


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