Rio de Janeiro, 20 abr (Xinhua) -- A construtora brasileira Odebrecht pagou 7,3 milhões de reais (2,3 milhões de dólares) em subornos para ganhar o contrato de reforma do Estádio Maracanã no Rio antes da Copa do Mundo de 2014, informou a Suprema Corte.
Nas confissões divulgadas pela Suprema Corte na terça-feira, o chefe de operações estruturais da Odebrecht, Benedito Barbosa da Silva Júnior, admitiu que foram pagos cerca de 6,3 milhões de reais (2,02 milhões de dólares) ao ex-governador do Rio, Sergio Cabral, que foi preso por corrupção em novembro.
O restante do dinheiro foi pago aos membros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, uma instituição autorizada a garantir que os contratos públicos sejam legalmente atribuídos.
Os ex-diretores da Odebrecht Marcos Vidigal do Amaral, Leandro Andrade Azevedo e João Borba afirmaram em seus depoimentos que Jonas Lopes, presidente do Tribunal de Contas do Estado, recebeu 320 mil dólares em suborno.
Eles também disseram que o contrato do Maracanã foi manipulado para que a Odebrecht realizasse o trabalho junto com outras duas empresas sob as ordens de Cabral.
A reforma do Maracanã, um dos estádios de futebol mais famosos do mundo, foi realizada antes da Copa do Mundo de 2014.
O orçamento inicial para o projeto foi de R$ 705 milhões (225 milhões de dólares), mas subiu para mais de 1,2 bilhões de reais (384 milhões de dólares) no final.