Beijing, 5 mai (Xinhua) -- O C919, jato de passageiros de grande envergadura fabricado pela China, está pronto para fazer seu primeiro voo na sexta-feira, mas levará muito mais tempo para entrar no mercado de aviação.
Analistas dizem que o avião chinês não abalará o domínio de gigantes de aviação Boeing e Airbus no futuro próximo, mas pode ser uma forte opção nas próximas décadas.
Com a partida programada para esta sexta-feira, do Aeroporto Internacional de Shanghai, o C919, com 158 assentos e um alcance padrão de 4.075 quilômetros, é esperado competir com o 320, da Airbus, e o 737 de nova geração, da Boeing.
Um total de 23 clientes estrangeiros e domésticos, incluindo Air China e GE Capital Aviation Services, fizeram pedidos para 570 aeronaves, segundo a Companhia de Aeronave Comercial da China (COMAC).
Mas esse é apenas o primeiro passo. Mesmo no mercado doméstico da China, a COMAC tem um caminho longo para transformar o sucesso técnico no sucesso comercial.
Atualmente as companhias aéreas chinesas parecem estar mais anciosas para gastar dinheiro em grandes aeronaves para promover suas rotas mundiais com entusiasmo aumentado por viagens ao exterior. Aqueles jatos estão ainda um domínio exclusivo da Boeing e Airbus.
A China Eastern Airlines assinou em 2016 contratos de compra de 20 A350-900 aeronaves da Airbus e 15 B787-9 aeronaves da Boeing que serão entregues entre 2018 e 2022.
A China Southern Airlines anunciou em abril que comprará 20 A350-900 com o preço de catálogo total de quase US$ 6 bilhões de dólares.