Li Keqiang: Nação proactiva no corte da capacidade de produção

Fonte: Diário do Povo Online    29.06.2017 10h08

O primeiro-ministro Li Keqiang disse na quarta-feira que a China tomou a iniciativa de cortar o excesso da capacidade de produção através de uma reforma estrutural do lado da oferta, oferecendo assim o seu contributo para a comunidade internacional.

“O excesso de capacidade de produção em algumas indústrias, que resultou de medidas de alívio quantitativo tomadas por vários países após a crise financeira de 2008, precisa de ser tratado através de esforços resolutos por parte da comunidade internacional”, disse Li.

O primeiro-ministro proferiu tais palavras durante um encontro com líderes de negócios e representantes da imprensa global, à margem do Encontro Anual dos Novos Campeões 2017, vulgo Fórum Davos, a decorrer na cidade de Dalian.

No ano passado, o país eliminou mais de 65 milhões de toneladas de capacidade produtiva de aço e 290 milhões de toneladas de capacidade produtiva de carvão, ultrapassando os objetivos delineados para aquele ano.

Li disse que as reformas do país dependem da participação do capital estrangeiro, das empresas e do conhecimento. “A nossa reforma sempre decorreu em paralelo com a abertura... Damos as boas vindas a firmas estrangeiras que venham para a China e participem em fusões e na reorganização”, assinalou.

O primeiro-ministro comprometeu-se também a aliviar o acesso ao mercado doméstico a empresas estrangeiras no setor dos serviços e a fazer uso de listas negras para gerir as empresas.

O apoio outorgado a empresas domésticas com base nos regulamentos da OMC será aplicado igualitariamente a empresas estrangeiras registadas na China, disse ele.

Numa lista negra constam áreas onde o investimento é proibido; todas as outras áreas são presumivelmente abertas ao negócio.

O investimento direto estrangeiro na parte continental da China cresceu 4.1% em 2016, com um forte investimento no setor de serviços, de acordo com o Ministério do Comércio.

Durante o encontro, Alex Molinaroli, CEO da empresa Americana Johnson Controls, perguntou sobre os desafios enfrentados pela estratégia Made in China 2025.

Li Keqiang disse que a implementação desta estratégia constitui uma oportunidade de mercado para as empresas estrangeiras e domésticas, pois as empresas chinesas necessitam de melhorar a qualidade dos seus produtos ao introduzir novas técnicas e equipamentos.

“Para atingir esse objetivo, temos de trabalhar com economias desenvolvidas. Por exemplo, iniciamos uma cooperação com a estratégia alemã ‘Industrial 4.0’, bem como com os EUA. Irão existir mais equipamentos e tecnologias a serem implementados na China com proveniência no exterior”, constatou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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