China afirma que Índia está provocando problemas em Doklam

Fonte: Xinhua    10.07.2017 13h34

Beijing, 10 jul (Xinhua) -- Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China se opôs na sexta-feira às tentativas da Índia de provocar disputas sobre a região de Doklam.

O lado indiano declarou que, segundo o acordo Índia-China 2012, o ponto da tripla fronteira da China, Índia e Butão será decidido através de consultas com o lado butanês, o que significa que a China e a Índia reconheceram sua divergência no assunto.

O porta-voz Geng Shuang disse que o chamado ponto da tripla fronteira, como seu nome implica, é um ponto ao invés de uma linha ou uma área.

Ele apontou que, na tripla fronteira, a Convenção entre Grã-Bretanha e China relativa a Sikkim e ao Tibet (1890) estipula que a seção de Sikkim da fronteira China-Índia começa no Monte Gipmochi no leste.

No entanto, a transgressão das tropas indianas ocorreu na seção de Sikkim da fronteira China-Índia a mais de 2 mil metros do Monte Gipmochi e não tem nada a ver com a tripla fronteira, afirmou Geng.

O lado indiano, ao negligenciar a convenção fronteiriça, assume toda a região de Doklam como parte da tripla fronteira, o que é obviamente uma tentativa de confundir as pessoas, acrescentou.

Algumas opiniões defendem que a convenção de 1890 deixou de ter qualquer significado, porque a situação mudou após o Conflito Fronteiriço Sino-Indiano em 1962.

Em resposta a uma pergunta se a Índia reconheceu a delimitação da seção de Sikkim da fronteira China-Índia desde 1962, Geng disse que os sucessivos governos indianos confirmaram repetidamente a convenção de 1890 de forma escrita, sem discordâncias no alinhamento fronteiriço na seção de Sikkim.

Uma vez que o tratado fronteiriço foi assinado, sua legitimidade e efetividade não foram afetadas por mudanças de governos ou sistemas de Estado, de acordo com Geng.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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