
No final da semana passada, 7,6 milhões de eleitores, de um total de 19 milhões, votaram contra o plano em uma simulação de referendo.
O governo venezuelano prometeu esta terça-feira que iria seguir em frente com a votação para a criação de uma nova constituição, apesar das ameaças de sanções econômicas por parte dos EUA.
“Nada, nem ninguém, poderá pará-lo. A Assembleia Constituinte irá a acontecer”, revelou o ministro dos Relações Exteriores, Samuel Moncada, durante uma coletiva de imprensa.
Esta afirmação sucede ao aviso de Donald Trump de “rápidas e fortes ações econômicas” contra a Venezuela, caso a eleição da Assembleia Constituinte seja levada a cabo.
A Venezuela, que depende quase inteiramente das exportações de petróleo para a sua receita, envia anualmente 270 milhões de barris para os Estados Unidos.
O plano do presidente Nicolas Maduro, contudo, enfrenta uma forte oposição doméstica. No final da semana passada, 7,6 milhões de eleitores, de um total de 19 milhões, votaram contra o plano em uma simulação de referendo.
Indignados com a grande escassez de bens, aumento dos preços ao consumidor e a vaga de crimes, os venezuelanos saíram à rua para exigir mudanças na liderança do país.
Cerca de 100 pessoas morreram durante os protestos nos últimos três meses.
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