O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assegurou na quinta-feira que o exercício naval conjunto sino-russo, no Mar Báltico, não tem como objetivo formar uma aliança militar.
“A cooperação entre a China e a Rússia traz equilíbrio ao mundo, e não é dirigida a ninguém”, reforçou Putin.
Putin proferiu as declarações durante uma coletiva de imprensa em Punkaharju, um resort em Savonlinna, no leste da Finlândia, durante a sua visita de trabalho ao país, nas comemorações do centenário da independência finlandesa.
Referindo o exercício naval conjunto, iniciado no último fim de semana no mar Báltico, Putin disse que a Rússia e a China mantêm uma cooperação estratégica nos campos econômico, político e militar.
Putin expressou também a sua apreciação pelos papéis desempenhados pelos países neutros ao longo da costa do Mar Báltico.
O presidente finlandês, Sauli Niinisto, lembrou que "este não é o primeiro exercício entre a China e a Rússia", acrescentando que a marinha chinesa já esteve no Mar Mediterrâneo antes.
"Também a Finlândia participa em exercícios no Mar Báltico, como o próximo, o “Aurora”, com a Suécia e os EUA", afirmou Niinisto.
Como parte do programa anual de cooperação militar, o exercício denominado "Joint Sea 2017" visa realizar em conjunto missões de resgate e proteção da segurança das atividades econômicas marítimas.
Uma segunda etapa do exercícios terá lugar no Mar do Japão e Okhotsk em setembro.
Os dois países realizaram um exercício naval conjunto no Mar do Sul da China no ano passado e exercícios semelhantes no Mar Mediterrâneo e no Golfo de Pedro, o Grande em 2015.