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Empresários esperam aumento do comércio nos países do BRICS

Fonte: Xinhua    07.08.2017 14h08

Xiamen, 7 ago (Xinhua) -- Com a aproximação da Cúpula do BRICS 2017, o jovem empresário brasileiro Marcos Caldeira está cheio de expectativas.

"A Cúpula do BRICS fortalecerá ainda mais o comércio entre o Brasil e a China e é uma grande oportunidade para expandir meus negócios", disse Caldeira, que tem uma empresa de mármore na China.

Natural de Vitória, Caldeira chegou a Xiamen, na Província de Fujian (leste), há dois anos e meio para aprender mandarim. Ele descobriu que a cidade costeira chinesa é muito familiar, já que é semelhante ao clima e ao meio ambiente da sua cidade natal.

Inspirado pelo ambiente favorável aos negócios na cidade, Caldeira abriu logo sua empresa própria para exportar produtos de pedra da China para a América do Sul.

Xiamen, um porto comercial importante na história chinesa, é o maior centro de importação de pedra do país, enquanto o Brasil é um dos principais exportadores de pedra. No entanto, Caldeira importa produtos de mármore processados de Xiamen e os vende para o Brasil e outros mercados no exterior.

"O Brasil é rico em pedra, mas os preços são altos. A qualidade da pedra artificial da China é muito boa, com preços muito mais baixos, e é muito popular no Brasil."

Apenas em dois anos, a empresa de Caldeira se tornou uma das maiores companhias na China que exportam mármore para o Brasil. O valor de exportações atingiu mais de US$ 10 milhões em 2016.

Os países do BRICS -- Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -- passaram a ser uma grande força motriz na economia global. Com 44% da população do mundo, os cinco representam quase um quarto da produção e metade do crescimento econômico mundial.

Caldeira afirmou que os países do BRICS estão desempenhando um papel cada vez mais importante no comércio, não só impulsionando o crescimento regional como também ajudando a elevar a economia global.

"Espero que a Cúpula do BRICS possa promover ainda mais o comércio entre o Brasil e a China e alcançar mais acordos recíprocos."

Além do sucesso, Caldeira também encontrou o amor na China. Ele e sua esposa se mudaram para uma nova casa durante a Festa da Primavera.

"A China é meu lugar de sorte, e Xiamen é onde tenho minha vida feliz. Amo Xiamen. Acredito que minha empresa será melhor neste ano."

Com a participação crescente da economia do BRICS no PIB global, o comércio entre os países do BRICS também está se expandindo rapidamente.

Nos primeiro semestre de 2017, as importações da China dos outros quatro países do BRICS superaram US$ 70 bilhões, um aumento de 33,6% ante o mesmo período do ano passado.

Chen Tanxiang, diretor-geral de uma empresa têxtil em Xiamen, beneficiou-se do intercâmbio aprofundado entre os países dos BRICS.

Em 2010, Chen passou de produzir sacos de plástico para fabricar material não tecido, uma indústria então emergente. No entanto, a indústria sofreu com o excesso de capacidade em somemte três anos, e Chen decidiu expandir seus negócios para a África.

Chen entrou no mercado sul-africano no final de 2012 em uma exposição em Joanesburgo, e sua empresa se desenvolveu firmemente no país em quatro anos.

Ele construiu uma rede de vendas com lojas locais, atacadistas e agentes, fornecendo produtos incluindo sacos de lixo e compras e produtos de armazenamento. O volume anual das vendas de sua empresa cresceu de US$ 100 mil em 2012 para mais de US$ 2 milhões atualmente.

Para ele, a Cúpula do BRICS, entre 3 e 5 de setembro, significa mais oportunidades de negócios.

"A Cúpula do BRICS que será realizada em Xiamen é uma grande chance para os sul-africanos conhecerem a cidade e fará os laços comerciais entre Fujian e os países do BRICS mais próximos", disse Chen.

"Muitos países africanos limitaram o uso de sacos de plástico, espero poder replicar meu modelo de negócios na África do Sul em outros países da região."

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