“Ponto crucial” na península coreana cada vez mais próximo, diz chanceler chinês

Fonte: Diário do Povo Online    07.08.2017 14h33

A situação na península coreana está se aproximando de “um ponto de crucial para a crise, assim como um ponto de viragem para tomar decisões em prol do retorno ao diálogo pacífico” disse o chanceler chinês, Wang Yi, no domingo.

Wang proferiu os comentários durante um encontro com Ri Yong-ho, o seu homólogo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), em Manila, nas Filipinas.

Antes do seu encontro, à margem de uma série de encontros entre chanceleres de 10 países do sudeste asiático, o Conselho de Segurança da ONU havia passado uma resolução no domingo, sancionando a RPDC pelos testes de lançamento de mísseis balísticos em julho.

Os chanceleres dos países da ASEAN lançaram um comunicado depois do seu encontro no sábado, reiterando suas “graves preocupações” face ao escalar de tensões na península.

Wang disse que a China urge a RPDC a não incorrer em medidas que visem contrariar a resolução do Conselho de Segurança.

Beijing exortou também Washington e Seul a não piorarem a situação, acrescentou Wang.

Todas as partes devem exercer contenção, dar atenção aos sinais positivos emitidos pelas partes relevantes e tomar as decisões acertadas, responsáveis pelos povos dos seus países e pela paz regional, prosseguiu.

Atualmente a situação na península coreana é complicada e sensível, tendo afetado a relação entre a China e a RPDC, analisou Wang.

Ri reiterou a posição da RPDC na questão nuclear da península coreana, reiterando que Pyongyang está disposta a manter a comunicação com a China a este respeito.

Durante o encontro de Wang com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov no final do dia, ambas as partes concordaram que a prioridade máxima é parar o escalamento de tensões turno após turno.

Ruan Zongze, vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que ambas as partes se continuam a provocar mutuamente, gerando tensões entre eles: Pyongyang contra Washington e Seul.

O que a China pediu, foi por um arrefecimento das tensões por meios políticos, e que vários países regionais, incluindo a China e Rússia, ofereçam apoio para um acordo político, disse Ruan.

Quando questionado mais cedo, no domingo, relativamente à última resolução do Conselho de Segurança, Wang disse que as sanções são necessárias “mas nunca o objetivo final”.

Para o chanceler, a resolução visa trazer de volta à mesa as partes envolvidas, por forma a estudar uma solução pacífica para a questão nuclear da península coreana. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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