Beijing, 1º set (Xinhua) -- O Conselho de Estado da China informou na quinta-feira que 57 pessoas já foram responsabilizadas depois das investigações em explosões fatais em duas minas de carvão que mataram 65 pessoas no ano passado.
Uma equipe de investigação do Conselho de Estado chegou à conclusão de que ambas as tragédias em Chongqing e Região Autônoma da Mongólia Interior foram acidentes de segurança no local de trabalho causados por fatores incluindo a regulação negligente.
Em 31 de outubro de 2016, uma explosão na Mina de Carvão de Jinshangou no Município de Chongqing, no sudoeste da China, matou 33 pessoas e resultou em um prejuízo econômico direto de 36,8 milhões de yuans (US$ 5,6 milhões).
A mina operou ilegalmente além de sua fronteira, usou equipamentos proibidos e ignorou as ordens regulatórias, de acordo com o relatório de investigação.
Outra explosão, na Empresa de Mineração de Baoma na Mongólia Interior em 3 de dezembro do ano passado, deixou 32 mortes e 44 milhões de yuans em prejuízos. O acidente também foi causado pelas operações ilegais.
Ao todo 57 pessoas já foram responsabilizadas pelos acidentes. O relatório culpou as autoridades das duas regiões pela falha em cumprir suas obrigações e o Conselho de Estado já exigiu que os governos locais relacionados retifiquem os problemas descobertos durante a investigação.
Mu Huaping, vice-prefeito de Chongqing e Wang Bo, vice-presidente do governo regional da Mongólia Interior, foram culpados de não cumprirem seus deveres adequadamente.
Apesar de alertas regulares do governo central para mais atenções à segurança de trabalho, tragédias ainda ocorrem com frequência. Uma falta de consciência de segurança, a regulação negligente e os regimes de segurança fracos estão entre os fatores que causam os acidentes.
Os dados oficiais mostraram que o número de acidentes de segurança no local de trabalho caiu 24,7% anualmente entre janeiro e julho, e as mortalidades relacionadas diminuíram 16,8%.