O presidente chinês, Xi Jinping, recebeu nesta última sexta-feira, em Beijing, o seu homólogo brasileiro, Michel Temer, durante a sua visita de Estado à China, na qual participará também da Cúpula do BRICS, realizada na cidade de Xiamen entre os dias 3 e 5 de setembro.
No encontro, Xi apontou que a China e o Brasil são dois países em desenvolvimento no oriente e ocidente, respetivamente, sendo considerados dois países emergentes importantes.
“As relações bilaterais são maduras e saudáveis”, reiterou.
No último ano, a China e o Brasil obtiveram progressos estáveis nas parcerias a nível do comércio, investimento e finanças, afirmou, acrescentando que “entre janeiro e julho, o volume comercial entre os dois países registrou um aumento de 70%”. Além disso, os dois países mantiveram contacto e coordenação quer em termos da cooperação dos BRICS e como de questões globais.
Xi frisou que os dois países devem aprofundar a cooperação em infraestrutura, manufatura, agricultura, mineração, energia, capacidade produtiva e inovação tecnológica, do mesmo modo que devem aumentar os intercâmbios de cultura, imprensa, turismo e esporte, fortelecendo a coordenação sobre a governança global e o desenvolvimento sustentável em organizações internacionais, com a ONU, G20, países BASIC, e OMC.
Segundo as palavras de Xi, na última década, os BRICS obtiveram uma série de resultados frutíferos em busca do benefício mútuo e da igualdade. A China está disposta a impulsionar, em conjunto com o Brasil, a cooperação em várias áreas, incluindo economia, segurança política, e intercâmbio interpessoal.
Por sua vez, Temer reforçou que o Brasil atribui grande importância à parceria estratégica global com a China, se considerando um parceiro confiável do país asiático. O Brasil está disponível para reforçar a cooperação no comércio, investimento, finanças e agricultura, assim como para promover o entendimento mútuo e a amizade entre os povos dos dois países.
Temer afirmou que o Brasil tem uma posição semelhante à da China nos quadros multilaterais relativamente a questões globais, incluindo mudanças climáticas e desenvolvimento.
O presidente brasileiro salientou ainda que o Brasil apoia a China na realização da 9º Cúpula de BRICS, desejando que esta seja bem-sucedida.
No final da reunião, os dois líderes assinaram 14 acordos nas áreas de comércio eletrônico, quarentena de qualidade, eletricidade, turismo, saúde, financiamento, cultura, esporte, entre outros.