É expetável que a China venha a ter de adquirir 7240 aviões nos próximos 20 anos, avaliados em aproximadamente 1.1 trilhões de dólares, segundo anunciou a Boeing na sua última perspetiva de mercado, publicada ontem (6) em Beijing.
A frota da China irá crescer a um passo mais rápido que a média mundial, com 20% dos pedidos globais de novas aeronaves a provirem de companhias domésticas, conclui o relatório.
A Boeing projetou uma demanda global de 41.030 novos aviões comerciais para os próximos 20 anos, num valor total de 6.1 trilhões de dólares.
“O contínuo crescimento econômico da China, o investimento significativo em infraestruturas, a ascensão da classe média e a evolução do negócio aéreo sustentam as perspetivas a longo prazo”, afirmou Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing Commercial Airplanes.
A Boeing ajustou a espectativa de demanda de aviões da China, aumentando o valor em 6.3% comparativamente às previsões do ano passado, calculando que até 2036 o gigante asiático adquira 5420 aviões de corredor único.
De acordo com o China Current Market Outlook (CMO), as companhias aéreas de serviço completo e as operadoras de baixo custo têm vindo a adicionar novos aviões de corredor único e a expandir os novos serviços point-to-point, de modo a responder à demanda de viagens de lazer e negócios na China e em toda a Ásia.
"O mercado de viagens da China continua a crescer rapidamente rumo aos 200 milhões de passageiros por ano", disse Tinseth.
Mais de 50% de todos os aviões comerciais que operam na China são aviões Boeing, revelou a empresa.
A China tem um papel elementar em cada modelo de avião comercial atual da Boeing, visto que mais de 9.000 aviões da marca americana sobrevoam o mundo com peças e componentes criados no país.