Londres, 7 set (Xinhua) -- Um total de 66 instituições da China foram incluídas em um ranking universitário mundial publicado nesta terça-feira pela Times Higher Education.
De acordo com a 14ª edição anual do Ranking Mundial Universitário, na lista das 1.000 universidades de mais de 77 países e regiões, existem duas instituições chinesas do continente entre as 30 melhores pela primeira vez e a China possui mais universidades no ranking do que nunca.
UNIVERSIDADES CHINESAS EM ALTA
As principais instituições que subiram na lista dos rankings do ano passado incluem a Universidade de Pequim, que passou do 29º para o 27º lugar, atingindo o mesmo ranking que a Universidade de Edimburgo e a Universidade de Nova York. A Universidade Tsinghua subiu do 35º lugar para o 30º, ultrapassando a Universidade de Melbourne, o Georgia Institute of Technology e a LMU em Munique. A Universidade Fudan subiu 39 lugares para a 116ª posição.
Hong Kong tem seis universidades no ranking deste ano, incluindo três entre as 100 melhores e duas entre as 50. A Universidade de Hong Kong, que é a instituição número um em Hong Kong, ficou em 40º lugar.
A China é agora o sexto país mais representado nas 200 melhores. Ele tem sete universidades neste grupo de elite, acima das quatro no ano passado, tornando-se o território mais bem sucedido da Ásia, liderando o ranking.
Phil Baty, diretor editorial dos rankings da Times Higher Education, disse: "Nossos rankings mostram que a melhoria da educação superior do gigante asiático é real e crescente. Com dois representantes entre os 30 melhores pela primeira vez na história de 13 anos do ranking, as principais universidades da China são verdadeiramente parte da elite global e superam universidades de prestígio nos EUA, Reino Unido e Europa."
Especialista em rankings universitários mundiais há 20 anos, Baty disse que a melhora do ensino superior chinês foi impulsionada por um grande investimento em assuntos de ciência e tecnologia.
"As universidades chinesas estão fazendo um excelente trabalho em ciência, tecnologia, matemática e ciências da vida," disse Baty, acrescentando que a próxima fase para a China seria fortalecer seus programas de artes, humanas e ciências sociais."Eu acho que as matérias de artes e humanas são muito importantes para criar o equilíbrio e proporcionar a criatividade necessária para impulsionar a pesquisa para o próximo nível. Então esse é o desafio. Outro desafio talvez seja ainda mais internacional. As universidades chinesas têm sido maravilhosas em trazer os estudiosos chineses da América, da Europa de volta para a China, construindo maravilhosas universidades."
PAISAGEM GLOBAL
Globalmente, a Universidade de Oxford manteve o primeiro lugar no ranking. A Universidade de Cambridge subiu dois lugares indo para o segundo, ultrapassando o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade de Stanford, ambos em terceiro lugar. Em termos de números de instituições, o Estados Unidos continua a dominar os rankings.
Ao anunciar o resultado do ranking, na terça-feira, na Cúpula Mundial Acadêmica, Baty disse que estavam um pouco surpresos ao ver que duas universidades britânicas haviam conquistado o primeiro e o segundo lugar.
"As principais universidades do Reino Unido, em Londres, Oxford e Cambridge, continuaram muito bem. Mas acho que muitas universidades da Inglaterra são mais desafiadas. Não são generosamente financiadas como algumas das grandes universidades chinesas agora," disse ele.
Ele expressou preocupações de que o Brexit possa influenciar os rankings. "Temos problemas com o Brexit e nossas relações internacionais. Portanto, a Grã-Bretanha deve evitar se isolar e deve continuar aberta e tentar colaborar com todas as universidades em todo o mundo".
Na Ásia, a Universidade Nacional de Singapura atinge o topo do ranking nesta região, em 22º lugar no mundo. A principal universidade japonesa, Universidade de Tóquio, caiu para sua posição mais baixa na história de 13 anos da tabela para o 46º lugar. E três das principais universidades da Coreia do Sul caíram.
Baty acredita que a tendência demonstra que o cenário da educação superior mundial está mudando. "Outras nações do Leste Asiático estão sentindo a alta concorrência da China. Os países do leste asiático fora da China precisarão trabalhar duro para se manterem estáveis, pois seu vizinho se compromete a se juntar à elite global".
Um dos mais prestigiados sistemas mundiais de classificação universitária, o Times Higher Education publica o ranking universitário mundial todos os anos desde 2004. Tem 13 indicadores de desempenho separados, abrangendo toda a gama de atividades principais de uma universidade, incluindo ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional. As 1.000 universidades classificadas foram avaliadas por seus colegas acadêmicos através de uma pesquisa que se baseia em mais de 20.000 respostas de pesquisa de estudiosos seniores de mais de 140 países e regiões.