A China expressou um forte protesto contra a Coreia do Sul na quinta-feira, devido à instalação dos restantes componentes do sistema antimísseis THAAD, naquilo que considera uma ação que coloca a península coreana no limiar da guerra.

Os restantes quatro aparelhos de lançamento de mísseis, juntamente com outros elementos do THAAD, foram transportados na manhã de quinta-feira até um antigo campo de golfe, por entre várias escaramuças protagonizadas por uma multidão de residentes contra 8 mil membros da polícia de choque.

O porta-voz da chancelaria chinesa, Geng Shuang, reiterou a oposição firme da China contra a instalação do THAAD na quinta-feira.

“Insto fortemente os EUA e a Coreia do Sul a valorizarem os interesses de segurança da China e de outros países da região, a suspender imediatamente a instalação do sistema e à sua remoção. A China já se manifestou também juntamente das autoridades da Coreia do Sul”, afirmou.

O Ministério de Defesa da Coreia do Sul defendeu que a disposição do engenho tem por finalidade responder à cada vez maior ameaça nuclear da RPDC, de acordo com a Agência Xinhua.

A disposição dos restantes elementos indica que o sistema THAAD se encontra agora completamente operacional. Porém, ele não é capaz de proteger a Coreia do Sul, uma vez que o sistema não pode interceptar os mísseis balísticos intercontinentais e os mísseis de longo alcance lançados pela RPDC, afirmou Li Jie, um especialista militar, ao Global Times, em Beijing.

O sistema só irá servir para piorar a situação da Coreia do Sul, uma vez que torna o país na linha da frente do conflito.

“Os EUA podem usar esse sistema para espiar a China e a Rússia, monitorar seus bombardeiros e mísseis, bem como os intercetar ou destruir”, constatou Xu Guangyu, conselheiro sénior da Associação Chinesa de Controle de Armas e Desarmamento.