Há uma tendência crescente para que as crianças chinesas acedam à internet cada mais jovens, informou o Guangzhou Daily.
Algumas crianças usam redes sociais a partir dos 3 anos de idade, fazem compras online aos 7 e superam o nível de habilidades de internet dos pais aos 14 anos, de acordo com uma pesquisa divulgada no Fórum de Segurança da Internet de Guangdong, a 23 de setembro de 2017.
A pesquisa mostra que mais de 23% das crianças em idade pré-escolar (entre 3 e 6 anos) utilizam a internet mais do que meia hora por dia.
Como os seus homólogos adultos, as crianças cada vez mais se envolvem em diversas atividades online, incluindo entretenimento, consumo e publicação de informações.
Entre as crianças de 7 anos inquiridas, mais de 60% deles baixam jogos, vídeos ou música por conta própria; 8,5% fazem compras online; cerca de 15% publicam fotos, vídeos ou mensagens; e 4,7% afirmam já ter fãs.
A pesquisa mostrou também que algumas crianças começam a usar o QQ ou o WeChat, as duas maiores plataformas de comunicação social da China, a partir dos 3 anos. Cerca de 10% das crianças de 7 anos usam QQ ou WeChat, enquanto mais de 70% das crianças de 12 anos têm contas nas redes sociais.
"Aos 14 anos de idade, as crianças superam os pais nas principais habilidades digitais, o que mostra que os ‘nativos digitais’ (crianças nascidas depois de 2000) têm vantagens em usar ferramentas da internet", afirmou Zhang Haibo, funcionário da autoridade que conduziu a pesquisa. "Isso representa um grande desafio para os métodos tradicionais de educação, bem como para a segurança cibernética".
A pesquisa também explorou as razões pelas quais as crianças estão online. A maioria das crianças afirma preferir ter o acompanhamento dos pais, em vez de jogar jogos online. "Eu gosto muito de praticar esportes, mas ninguém joga comigo", disse um garoto inquirido, "então eu só posso jogar com meu celular em casa".
Recentemente também se tornou uma tendência que as crianças façam os trabalhos de casa através de algumas plataformas da internet, embora existam preocupações de que crianças que não sejam controladas possam simplesmente procurar as respostas às perguntas na internet.