Durante a passada “Semana Dourada”, que incluiu as férias do Dia Nacional e Festival da Lua, mais de 6 milhões de chineses, oriundos de cerca de 300 cidades domésticas, viajaram para 1155 cidades de 88 países e regiões no mundo, de acordo com os dados da Administração Nacional de Turismo da China.
Além de promover a economia local, os turistas chineses levaram também novas condutas de consumo para os destinos turísticos.
“Muitos clientes me perguntaram se poderiam pagar com Alipay”, é uma afirmação recorrente que levou os comerciantes japoneses a procurar respostas nas redes sociais, em preparação para a Semana Dourada. Com o pico de viagens de turistas chineses ao exterior, muitos comerciantes optam por mudar o método de pagamento.
As lojas na Europa e América aceitam o pagamento de QuickPass do UnionPay, enquanto as da Ásia, como no Japão e Tailândia, começam a aceitar o pagamento via Wechat e Alipay, o que não só atende aos turistas chineses, mas também promove a atualização do método do pagamento local.
Com o constante aumento do rendimento dos cidadãos chineses, as viagens ao exterior se tornaram em uma atividade comum. Em 2000, o número dos chineses que se deslocou ao exterior foi de apenas 10 milhões, contra os 83 milhões registrados em 2012.
A China se tornou o maior país de consumo turístico no exterior nos últimos 4 anos, sendo por isso previsto que cerca de 700 milhões de chineses venham a viajar para fora do país durante os próximos cinco anos.
Com o aumento da frequência das viagens ao exterior, a conduta dos viajantes chineses tem-se tornado cada vez mais madura, ao mesmo tempo que as atividades turísticas dos mesmos sofrem igualmente mudanças.
O jornal britânico Financial Times indicou, apesar do aumento da despesa total, a proporção da compra dos turistas chineses caiu em 15,9%.
De acordo com um relatório sobre viagens de turistas chineses ao exterior, na primeira metade de 2017, a anterior conduta das “compras extravagantes” se tornou num comportamento de “disfrutar da viagem”. Os chineses preferem cada vez mais a visita a museus, a prova das gastronomias locais e a experiência dos costumes folclóricos, ao invés das compras de produtos de luxo e joias.
Muitos destisno turísticos começaram a estudar a conduta dos viajantes chineses, incluindo a cultura chinesa do chá, da culinária, dos festivais e de marketing nas redes sociais, adaptando os serviços aos clientes. Por exemplo, as ruínas de Porth Arthur, na Austrália, já disponibilizam serviços de guia em mandarim 4 vezes por dia.
Deixando para trás a “azáfama das compras”, os turistas chineses procuram, cada vez mais, aprofundar os seus conhecimentos sobre outros países e realizar intercâmbios com os seus povos, estreitando a distância entre a China e o resto do mundo.