Cidadãos acenam bandeiras nacionais espanholas em uma marcha para defender a constituição espanhola e a unidade de Espanha em Barcelona, a 8 de outubro de 2017.
MADRID, 30 de out (Diário do Povo Online) – Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas no domingo, em Barcelona, para uma manifestação pela Unidade de Espanha, dois dias depois de o parlamento Catalão ter votado a declaração de independência.
Os protestantes carregaram bandeiras de Espanha, da Catalunha e da União Europeia, gritando motes como “prisão para Puigdemon”, “sem amnistia, não há perdão”, entre outros.
O anterior líder catalão Carles Puigdemont e o seu governo foram dispensados pelo primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, que pediu novas eleições na região para 21 de dezembro.
A manifestação foi organizada pela associação Sociedade Civil da Catalunha, que afirmou que estariam 1,3 milhões de pessoas nas ruas. O representante do governo central espanhol na Catalunha disse que seriam apenas 1 milhão de pessoas. Contudo, a polícia de Barcelona colocou o número em cerca de 300 mil.
O governo espanhol assumiu oficialmente o controlo do governo regional da Catalunha, Generalitat, com Rajoy assumindo o controlo das funções do presidente da Generalitat.
Rajoy delegou os deveres à vice-primeira-ministra Soraya Saenz de Santamaria, que também é responsável pela vice-presidência catalã.
Além disso, o governo espanhol demitiu o chefe da força policial da Catalunha, Josep Lluis Trapero, que aceitou a decisão e nomeou Ferran Lopez como o novo chefe.
Estas ações seguiram a declaração de independência unilateral por parte do parlamento catalão, anunciada na sexta-feira.
A Catalunha realizou um referendo a 1 de outubro, que foi declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.
A aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola, que suspende a autonomia da região catalã e entrega o controlo das principais instituições catalãs a Madrid, foi aprovada pelo Senado espanhol na sexta-feira à tarde.
O Procurador de Estado de Espanha considerará hoje a apresentação de acusações de "rebelião" contra o ex-líder catalão Carles Puigdemont e o seu governo, sendo que estas poderão levar à condenação de 15 a 30 anos de prisão.