Bagdá, 8 nov (Xinhua) -- O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, advertiu na terça-feira a Europa e os países regionais de uma séria ameaça terrorista, afirmando que as forças iraquianas continuarão lutando contra militantes do Estado Islâmico, mesmo que ataquem os vizinhos da Síria.
"Advirto sobre uma séria ameaça terrorista, a Europa e os países da região não estão a salvo disso," disse Abadi em uma coletiva de imprensa televisionada após o encontro semanal do gabinete sem dar mais detalhes sobre a ameaça ou quem está por trás disso.
Quanto à luta contra o grupo militante do ISIS, Abadi, que também é o Comandante chefe das forças iraquianas, disse que ordenou às forças iraquianas a "combater seus ataques às áreas iraquianas, mesmo que provenham do território sírio."
O comentário de Abadi veio depois que ele levantou a bandeira iraquiana no cruzamento da fronteira de Husaibah com a Síria no domingo, apenas dois dias depois que anunciou a libertação total da cidade de al-Qaim perto da fronteira com a Síria dos militantes extremistas ISIS.
As tropas também estão se posicionando fora da cidade remanescente de Rawa, a cerca de 80 km a leste de Al Qaim, e estão se preparando para invadir a cidade e para limpar as vastas áreas rurais vizinhas e desertos no norte do rio Eufrates.
Abadi disse que "qualquer força almejada às forças iraquianas não estará segura no Iraque," confirmando que "o governo federal chegará a todos em todo o país".
Seus comentários vieram como uma advertência às forças curdas para não entrar em conflito com as forças iraquianas ou abrir fogo contra as tropas federais nas áreas disputadas reivindicadas por Bagdá e a região semiautônoma do Curdistão.
As tensões têm estado em alta entre Bagdá e a região do Curdistão depois que os curdos realizaram um referendo controverso sobre a independência da região do Curdistão e as áreas em disputa.