A desnuclearização da Península Coreana é o objetivo final da China, disse o Presidente Xi Jinping ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, durante uma conversação telefônica na quarta-feira.

Xi afirmou que a China está pronta a se juntar aos EUA para garantir que a questão nuclear atinja um final pacífico.

Na quarta-feira, Beijing expressou “profunda preocupação e oposição” ao último teste de míssil de Pyongyang, tendo apelado ao diálogo para resolver a questão de modo pacífico.

“As resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas são explícitas quanto ao uso de tecnologias de mísseis balísticos por Pyongyang, e a China urgiu fortemente Pyongyang a cessar atividades que aumentem as tensões na península”, disse Geng Shuang, porta-voz da chancelaria chinesa.

A China espera que todas as partes envolvidas se comportem com cautela e que juntas assegurem a paz e a estabilidade na região, disse durante uma coletiva de imprensa de rotina.

Geng disse também que a iniciativa “suspensão por suspensão” proposta pela China é a forma mais verosímil e razoável de apaziguar a situação atual.

Na quarta-feira, a RPDC testou com sucesso um novo míssil intercontinental, o qual, segundo a Televisão Central do país terá a capacidade de atingir todo o território dos EUA,.

A arma, com o nome de Hwasong-15, tem especificações táticas e tecnológicas mais avançadas que os mísseis Hwasong-14 testados em julho, assinalando a finalização do desenvolvimento deste tipo de armamento por parte da RPDC, de acordo com a televisão estatal do país.

O lançamento, o primeiro desde 15 de setembro, quando a RPDC disparou um míssil balístico sobre o norte do Japão para o Pacífico, foi recebido com condenações veementes por parte de países de organizações internacionais.

Trump falou por telefone com líderes do Japão e da Coreia do Sul separadamente sobre o lançamento do míssil, segundo relatos da Casa Branca. Durante as suas conversações, Trump e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reafirmaram o seu compromisso ao combate da ameaça nuclear norte-coreana. Já Moon Jae-in, em uma outra chamada, reiterou a sua condenação sobre o programa nuclear do país vizinho.

António Guterres, secretário-geral da ONU, reprovou também o lançamento, dizendo que se trata de “uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança”.