A corrente de reformas e ajustes levados a cabo pelo país objetivam atingir essa meta até 2035.

A China estabeleceu o objetivo de se tornar em uma potência do comércio mundial até 2035, através do aprofundamento e do ajuste da sua estrutura comercial, incluindo o melhoramento da qualidade dos bens e serviços consumidos no mercado local e do seu investimento a duas vias, segundo declarações do ministro do comércio na segunda-feira.

Para atingir esta meta de longo prazo, o Ministério do Comércio tem de, primeiramente, aprimorar o desempenho da China enquanto um dos principais parceiros de negócios globais antes de 2020, bem como alocar mais recursos para garantir o crescimento sólido no comércio internacional. O uso eficiente do investimento estrangeiro e a garantia de que as empresas chinesas investem além-mar de forma idónea em 2018, são também fatores relevantes, segundo Zhong Shan, o ministro do Comércio.

“No próximo ano, a China irá continuar a aprofundar a cooperação e as parcerias com economias ligadas à iniciativa do Cinturão e Rota e organizar uma exposição de importações internacionais para aumentar o comércio e estimular o investimento”, declarou Zhong.

As restantes prioridades do ministério para os próximos 5 anos incluem potenciar mecanismos de crescimento comercial locais, acompanhar a tendência comercial em produtos e serviços de ponta e construir novos protocolos de livre comércio bilateral e multilateral, referiu.

Problemas e desafios poderão ainda surgir durante o processo de rumar a este objetivo, tais como custos laborais, questões ambientais, carência de tecnologias vitais e o protecionismo comercial, referiu Ma Yu, investigador da Academia Chinesa de Cooperação Econômica e Comercial Internacional.

Uma potência comercial global tem de possuir várias indústrias de liderança mundial e um ambiente de investimento e comércio favorável, reforçadas pelo apoio de políticas governamentais, por uma cadeia logística avançada e uma infraestrutura consistente.

O volume de comércio internacional da China ascendeu aos 25.14 trilhões de yuan (3.8 trilhões de dólares) entre janeiro e novembro, o que representa um aumento de 15.6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Administração Geral Alfandegária chinesa.