População de Beijing diminui pela primeira vez em 17 anos

Fonte: Diário do Povo Online    22.01.2018 09h23

A população de Beijing diminuiu em 2017 - a primeira vez em 17 anos - como resultado das medidas de realocação das funções não capitais para fora da cidade e de um melhor gerenciamento urbano, revelaram as autoridades locais na sexta-feira.

A capital tinha 21,7 milhões de residentes permanentes no final do ano passado, 22 mil a menos do que em 2016 — uma queda de 0,1% em termos anuais, de acordo com o Bureau de Estatísticas de Beiing.

A taxa de crescimento da população de Beijing tem vindo a cair desde 2011.

Pang Jiangqian, porta-voz do bureau, disse que o crescimento negativo em 2017 está de acordo com o planejamento do desenvolvimento da cidade.

"À medida que o fosso de desenvolvimento entre as áreas rurais e urbanas tem diminuído, graças à contínua urbanização, algumas províncias e cidades testemunharam o regresso dos seus habitantes. Ao mesmo tempo, a velocidade com que a população se muda para as grandes cidades está diminuindo", afirmou a porta-voz.

Pang acrescentou que Beijing está deslocando as funções não essenciais, incluindo mercados de manufatura, logística e atacadistas, e que a consequente mudança de indústrias de mão-de-obra intensiva afetou igualmente a população residente.

De acordo com os dados da agência, de entre os 21,7 milhões de residentes permanentes em Beijing, 18,8 milhões de pessoas vivem em distritos urbanos e o resto em áreas rurais.

Cerca de 10% da população tem 14 anos ou menos, 73% tem idades compreendidas entre os 15 e os 59 anos e 16,5% tem uma idade superior ou igual a 60 anos.

De acordo com os planos do governo da cidade, Beijing objetiva reduzir a sua população para 23 milhões até 2020, número que será mantido por um longo período, por forma a garantir o equilíbrio entre pessoas e recursos hídricos.

A capital tem enfrentado vários problemas devido ao rápido desenvolvimento, incluindo o congestionamento do tráfego e a poluição atmosférica. Os serviços públicos, como educação e assistência médica, não têm capacidade de resposta para a crescente demanda por parte da população em crescimento.

O Livro Azul de Trabalhos Sociais em Beijing, publicado em setembro pela Universidade de Tecnologia de Beijing, Comitê de Trabalhos Sociais de Beijing e Imprensa da Academia de Ciências Sociais, revela que os esforços para realocar as funções não capitais para fora da cidade têm contribuído para as mudanças na população

(Web editor: Renato Lu, editor)

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