O furto do polegar de um soldado de terracota, tesouro nacional da China, durante uma exibição num museu dos Estados Unidos, não afetará os esforços chineses na promoção do intercâmbio cultural através de exibições no estrangeiro, defendeu Wu Haiyun, especialista do Centro de Promoção do Patrimônio Cultural de Shaanxi.
“A exibição de relíquias culturais no estrangeiro não só promove a cultura de uma nação, como também promove a comunicação entre países”, afirmou Wu em uma entrevista à Televisão Central da China (CCTV), no dia 19 de fevereiro, após o polegar de um soldado de terracota ter sido roubado durante a exibição no Instituto Franklin, na Filadélfia.
Referindo o risco envolvido na exibição de relíquias culturais fora do país, Wu referiu que reforçar as medidas de proteção é essencial.
“Com uma consciência intensificada, devemos exibir as relíquias culturais tanto quanto possível e mostrá-las fora do mostruário, quando possível”, reiterou Wu.
O polegar roubado pertencia a um soldado de terracota, parte de uma exibição com mais de 100 relíquias culturais da província de Shaanxi no Instituto Franklin. O soldado faz parte do “Exército de Terracota” encontrado no túmulo do primeiro imperador da China, Qin Shihuang (259-210 A.C)
De acordo com as autoridades americanas, o polegar furtado foi recuperado cinco dias após ter sido roubado.
O Centro de Promoção do Patrimônio Cultural de Shaanxi enviou uma carta de protesto à instituição em questão, iniciando o processo de compensação. O centro enviou ainda um grupo de especialistas para recuperar a estátua danificada.
A exibição no Instituto Franklin poderá ser visitada até ao dia 4 de março.