Nações Unidas, 8 abr (Xinhua) -- A China se tornou a força motriz por trás da onda mundial de investimento em energia solar, que ultrapassou a aplicação em combustível fóssil em 2017, disse nesta sexta-feira um porta-voz da ONU.
Um novo relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na quinta-feira revelou que a energia solar dominou o investimento mundial em 2017 mais do que nunca, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, numa coletiva de imprensa diária.
Citando o documento, o oficial ressaltou que a energia solar em 2017 atraiu muito mais investimento do que qualquer outra tecnologia, com US$ 160,8 bilhões, aumento de 18% ante 2016.
"Uma força motriz por trás desta onda é a China, que lidera com mais da metade da nova capacidade de energia solar do mundo", acrescentou.
No ano passado, o mundo instalou um recorde de 98 gigawatts de nova capacidade solar, muito mais do que as outras energias renováveis, combustível fóssil e nuclear, disse o porta-voz, mencionando o relatório intitulado Tendências Mundiais em Investimento de Energia Renovável 2018.
A China acrescentou cerca de 53 gigawatts de capacidade solar no ano passado, mais da metade do total mundial, com US$ 86,5 bilhões investidos, aumento de 58%.
No geral, o país asiático é, sem dúvida, o maior investidor do mundo em energias renováveis, com um recorde US$ 126,6 bilhões, aumento de 31% em comparação com 2016. Austrália, México e Suécia também registraram saltos em investimento.
O ano passado foi o oitavo consecutivo em que o investimento mundial em energias renováveis excedeu US$ 200 bilhões. Desde 2004, o mundo investiu US$ 2,9 trilhões nessas fontes de energia verde.