[Foto: un.org]
Uma resolução elaborada pela Rússia sobre a investigação de armas químicas na Síria não foi adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na terça-feira (10).
Apenas seis dos 15 membros do conselho votaram a favor da proposta russa, enquanto sete votaram contra, e outros dois se abstiveram.
De modo a que a resolução seja aprovada, são precisos nove votos a favor por parte dos 15 membros do conselho, incluindo os de todos os cinco membros permanentes - Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos.
Antes da votação da proposta russa, a Rússia vetou uma resolução esboçada pelos EUA com o mesmo propósito.
A principal diferença entre as duas resoluções concorrentes é que a russa dá ao Conselho de Segurança o poder de atribuir responsabilidade pela investigação de armas químicas na Síria, enquanto a americana dá aos investigadores esse poder, como o caso do agora extinto mecanismo conjunto da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
O mecanismo cessou em novembro de 2017, após a Rússia ter bloqueado a renovação do seu mandato.
Antes da votação do texto dos EUA, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, disse que o texto Russo pretende escolher os investigadores e avaliar o resultado, enquanto a americana permite uma investigação independente.
O embaixador da Rússia, Vassily Nebenzia, avançou que a proposta dos EUA antecipa o resultado de uma investigação.